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terça-feira, 10 de agosto de 2010

Marido faz denúncia de negligência

O mestre de obras José Ferreira Costa, 40 anos, acusa de negligentes os profissionais do Hospital Santa Catarina. Ele acredita que a esposa, Rosenilda Gonçalves do Nascimento, 39 anos, morreu por falta de atendimento adequado na unidade de saúde após o nascimento do quarto filho do casal, no último dia 27 de julho. A direção do hospital garante que foi prestado todo atendimento à paciente.

José Ferreira Costa pretende entrar com uma ação judicial contra a rede estadual de saúde. Na tarde de ontem, ele foi ao Hospital Santa Catarina para pegar a documentação da esposa e da filha Laura, que está com 15 dias de nascida. “Acredito que minha esposa foi ‘abandonada e morreu por negligência dos funcionários do hospital. Vou entrar na justiça não porque quero algum lucro, mas para que esse tipo de caso não se repita e outras famílias não sofram o que eu e meus filhos estamos sofrendo”, disse José Ferreira Costa.

O que parecia ser mais um trabalho de parto da já experiente mãe Rosenilda Gonçalves do Nascimento se transformou em agonia, não só para ela, mas para toda a família, no último dia 26. Com muitas dores e prestes a entrar em trabalho de parto, ela foi até à Maternidade Municipal Leide Morais. Mas, o marido foi informado de que ela não podia ser atendida na maternidade, pois já havia se submetido a uma cesariana na primeira gravidez – as outras duas foram parto normal – e o caso poderia evoluir novamente para uma cesária. Rosenilda foi encaminhada para o Hospital Santa Catarina e lá chegou por volta das 23h.Lá, ele não pode acompanhá-la.

Na manhã do dia 27, às 7h30, ele entrou em contato com o hospital. Ele recebeu a informação de que a mulher estava em trabalho de parto. Às 8h30, José Ferreira voltou a ligar para o Santa Catarina e a mulher ainda estava em trabalho de parto. A informação se repetiu às 10h e às 12h40. Pouco tempo depois ele recebeu uma ligação pedindo que comparecesse ao hospital com urgência. “

Comunicaram que minha mulher estava na sala de cirurgia fazendo uma operação para a retirada do útero. Contaram que o caso era grave”. Como não tinha nenhum leito na UT por volta das 16h, foi conseguido um leito no Natal Hospital Center e o Samu, foi chamado somente às 16h para fazer a transferência da paciente. O Samu chegou às 21h50. Rosenilda não resistiu. “A médica afirmou que ela chegou muito debilitada e que não havia praticamente nada a ser feito”. Rosenilda foi sepultada às 18h do dia 28, no cemitério Parque da Passagem, em Extremoz.


Fonte: Tribuna do Norte

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