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quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Foram registrados 50 homicídios na Zona Norte este ano; mais da metade está impune

Uma delegacia com cinco agentes trabalhando para atender a uma população de mais de 200 mil habitantes, em 12 comunidades. Essa é a realidade da 9ª delegacia de polícia localizada no Panatis, na Zona Norte. Tendo de apurar casos como o duplo assassinato ocorrido no loteamento Vale Dourado, no último domingo, o delegado Fernando Alves, titular da DP, admite ter dificuldade nas investigações devido à falta de estrutura. Segundo ele, apenas este ano, já foram instaurados, até esta semana, 50 inquéritos de homicídio (mortes e tentativas) na unidade. Enquanto isso, sua equipe conta com 11 policiais, sendo que seis estão de licença médica e apenas três lidam diretamente com a apuração dos casos. "Temos uma quantidade grande de inquéritos para investigar e pouco pessoal para trabalhar nisso", afirma Alves. Segundo ele, mais de 50% dos inquéritos não estão concluídos.

A delegacia instaurou, somente este ano, 157 inquéritos de modo geral "É uma média de pelo menos um assassinato por semana nesta área, sem falar na quantidade de assaltos e furtos". A equipe que trabalha no local, porém, segundo o delegado, é insuficiente. São 11 policiais, sendo que seis estão de licença médica. "E tenho que dividir esse pessoal entre as investigações, o atendimento ao público e a entrega de intimações". Fernando Alves afirma que, atualmente, apenas dois agentes trabalhando diretamente com a apuração dos casos, além do chefe de investigações, que as coordena. "Para solucionar esses casos, preciso de mais gente investigando, me trazendo informações sobre os crimes".

Uma das formas de solucionar esse problema, segundo o delegado, seria a criação de pelo menos mais três unidades na área que abrange hoje sua delegacia. A 9ª DP é responsável por investigar os crimes no bairro de Igapó; nos cojuntos de Parque dos Coqueiros, Vila Paraíso, Alvorada IV Parque do Potengi e Panatis; nos loteamentos de Jardim Progresso, Vale Dourado, Aliança; e nas comunidades Beira Rio e do Galo. "Essa área deveria ter sidodividida há mais tempo. A Zona Norte cresceu bastante nos últimos anos e já deveria contar com uma delegacia de homicídios própria. Temos de dar conta de 12 comunidades em nossa circunscrição. A antiga estrutura da polícia aqui não atende mais a demanda".

Duas mortes

Fernando Alves informa que mandou sua equipe fazer o levantamento das testemunhas do duplo assassinato ocorrido em um bar da Rua José Edílson Batista, no Vale Dourado, no último domingo. Além disso, ele aguarda o envio das perícias técnicas que estão sendo feitas pelo Instituto Técnico Científico de Polícia (Itep). "Precisamos dessas informações para saber quais foram as circunstâncias desse crime". Ainda segundo o delegado, as hipóteses iniciais trabalhadas são de execução e latrocínio (assalto seguido de morte). "Precisamos saber se o rapaz que foi morto estava fugindo dos assassinos porque estava sendo roubado ou se era mesmo o alvo principal".

O que a polícia sabe até então sobre o crime é que um jovem, ainda não identificado, estava fugindo em uma bicicleta de dois homens armados em uma moto, ao longo da Rua José Edilson Batista, por volta das 21h do domingo. O garoto então invadiu o bar de propriedade de Ana Roque Pinheiro, 46 anos, para tentar esconder-se de seus algozes. No entanto, a dupla invadiu o local e matou tanto o rapaz quanto a comerciante. Eles fugiram.

Números

- 200 mil - Número de habitantes que vivem nas 12 comunidades sob responsabilidade da 9ª DP

- 50 - Volume de inquéritos de homicídios e tentativas de homicídio este ano

- 11- Número de policiais da unidade

- 6 - Policiais em licença médica

- 3 - Agentes que lidam diretamente com a apuração dos crimes


Fonte: Dnonline

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