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quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Mãe de Maria Luíza cobra rapidez da polícia e ameaça contar tudo que sabe sobre caso

Inconformada com a falta de respostas da Polícia, a comerciante Rosilene Fernandes Bezerra, 40 anos, mãe da adolescente Maria Luíza Fernandes Bezerra, morta brutalmente há 1 ano e quatro meses, dá um ultimato: caso as investigações não sejam concluídas até o dia 30 deste mês, ela irá revelar tudo o que sabe sobre o caso. "Eu cheguei no meu limite". Segundo ela, o inquérito policial, que corre em segredo de Justiça, contém duas versões para o crime e testemunhas apontam a participação de cinco suspeitos, inclusive Thiago Filipe Rodrigues Pereira e Luiz Ivan Bezerra Araújo. Esses chegaram a ser presos, porém, atualmente, respondem em liberdade às acusações.

Maria Luíza foi encontrada morta em 27 de abril do ano passado em um lixão de Cidade da Esperança, Zona Oeste. Foi estrangulada e estava despida. Um galho de 40 centímetros foi introduzido na região genital. Ela tinha desaparecido desde o dia 21 de abril.

Rosilene Fernandes fala que, mesmo sem ter acesso ao inquérito, descobriu boa parte do que foi apurado pela polícia por conta própria. E, pelo que ela afirma saber, todas as informações levantadas nas investigações apontam para a participação de Thiago e Luiz Ivan e outras três pessoas. Além disso, a partir de depoimentos de testemunhas, a polícia tem o conhecimento de duas versões para o crime.

A comerciante prefere ainda manter em sigilo os detalhes que conhece sobre as investigações, mas dá um prazo à polícia. "Se até o dia 30 deste mês, nenhuma autoridade se manifestar, convocarei toda a imprensa e direi o que sei. Corro o risco de alegarem que estou atrapalhando as investigações, mas a população é merecedora de saber o que aconteceu". Para a data da prometida "revelação", Rosilene Fernandes está organizando uma passeata com alunos da Escola Estadual Atheneu Norte-Riograndense, onde sua filha estudava, e a população dos bairros da Zona Oeste, onde moravam. A manifestação, que ocorrerá à tarde, será ao longo da Avenida Capitão-Mor Gouveia, no bairro de Cidade da Esperança, terminando em frente à sede da Delegacia Geral de Polícia (Degepol). Essa é a data em que Maria Luíza completaria 17 anos. Atualmente, a família da comerciante está morando em um bairro da Zona Leste de Natal. Isso porque, segundo Rosilene, ela já recebeu oito ameaças de morte a partir de ligações feitas ao seu celular. As ligações foram todas feitas com o número em confidencial.

Andamento

O inquérito que apura a morte de Maria Luíza está sendo presidido pela delegada Adriana Shirley, da Delegacia Especializada de Defesa da Criança e do Adolescente (DCA). Atualmente, porém, ela está de licença médica. O delegado geral de Polícia Civil, Elias Nobre, garante que as investigações prosseguem, com todo o apoio do setor de Inteligência. Quanto às exigências de Rosilene, o delegado comenta que "entendemos o lado emocional dela ao ter perdido uma filha de maneira tão brutal. No entanto, a polícia não pode se preciptar, mas sim, chegar a verdadeira autoria do crime. Nós não trabalhamos com esse tipo de prazo".


Fonte: DNonline

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