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sexta-feira, 18 de junho de 2010

Família de turista assassinado quer ir embora do país por causa da violência

O assassinato do turista baiano Antônio Bartolomeu Damásio, que morreu ontem (17), vítima de três tiros na praia de Camurupim, em Nízia Floresta, fez com que sua família perdesse por completo a confiança na segurança pública. Após o incidente, sua ex-mulher e seus filhos informaram ao Nominuto.com a intenção de deixar o Brasil permanentemente.

“Vamos embora para nunca mais voltar”, disse o filho da vítima, Washington Souza Damásio. “O Brasil não é capaz de oferecer segurança à população e a polícia, embora esforçada, não tem recursos para nos proteger”, comentou, ainda muito abalado pela perda do pai. De acordo com ele, todos os membros da família vão se mudar para os Estados Unidos.

Damásio tinha 62 anos e era funcionário aposentado da Petrobrás. Residente da cidade de Ituberá, no estado da Bahia, ele veio ao RN rever sua ex-mulher, Maria de Fátima de Souza, que mora em Natal, e os cinco filhos, que não encontrava há mais de 17 anos.

Para o reencontro, a família decidiu alugar uma casa de veraneio no litoral, em Camurupim, mais precisamente. A residência era grande e acomodava, além dos pais e filhos (que residem atualmente nos Estados Unidos), alguns netos, noras e um casal de americanos.

De acordo com Maria de Fátima, o fato de a residência possuir muros baixos e estar localizada próxima a terrenos baldios preocupava a família, que ainda ontem cobrou do proprietário do imóvel a instalação de um alarme.

“Alugamos a casa para trinta dias. Estávamos lá desde o dia 10 e a insegurança nos preocupava, entretanto ninguém imaginava que uma coisa dessas fosse acontecer”, contou. De acordo com ela, contudo, a certeza da presença dos seus filhos tranqüilizava qualquer anseio. “Todos os meus filhos estavam lá, e eles são homens grandes”, disse a viúva.

Segundo explica Washington, a ação dos bandidos foi muito rápida. Tudo ocorreu em poucos minutos, por volta das 20h30. De acordo com ele, os criminosos passavam a impressão de confusão e insegurança. “Estavam com o rosto coberto, entretanto, deu para perceber que eram bastante jovens e magros”, comentou.

“Meu pai estava assistindo televisão quando os dois pularam a janela. Eles não falaram uma só palavra”, disse ele, emendando que, em sua opinião, os três tiros teriam sido disparados porque Antônio havia feito menção de abordar os bandidos.

Após os disparos, dois filhos saíram para procurar os criminosos, que fugiram rapidamente. Depois da rápida busca, eles retornaram a casa e perceberam que o pai estava ferido. A partir deste momento, colocaram a vítima em um carro e se dirigiram para a capital.

“Ligamos para a ambulância enquanto estávamos a caminho para Natal. O veículo da Samu nos encontrou na Rota do Sol. Infelizmente, quando o atendimento foi feito, os enfermeiros já haviam informado que meu pai tinha falecido”, disse.

Segundo ele, a polícia ainda não tem nenhuma informação sobre o paradeiro dos criminosos. Washington se mostrou bastante pessimista quando ao trabalho da justiça brasileira. Em sua opinião, o caso está fadado ao esquecimento.


Fonte: Nominuto.com

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