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terça-feira, 29 de junho de 2010

Bebê é enterrado em Ponta Negra

O bebê Rafael Alexandre foi sepultado na manhã de ontem, no mesmo dia em que completaria sete meses de nascido, no cemitério de Ponta Negra, a alguns metros da 15ª Delegacia de Polícia local. “Está todo mundo com o filho nas mãos, quero o meu também. Por que o meu não está comigo?”, afirmou Alessandra do Nascimento Silva, 21 anos, mãe de Rafael na hora do enterro do filho.

Alessandra não estava na festa na hora do homicídio do filho. Ela, que é mãe de outro menino, de cinco anos, trabalhava no momento em que o grupo chegou ao local e começou a atirar contra os moradores. “Meu filho estava nos braços de uma amiga minha, do lado de fora da casa, quando foi atingido no abdômen e não resistiu. Não quero acreditar que aquele no caixão é meu bebê”, contou, emocionada.

A amiga de Alessandra é Katiane Salles Gomes, 15, e também foi atingida de raspão no abdômen. Ela recebeu atendimento médico e já foi liberada, assim como Ricardo da Silva Neto, 38 anos, atingido nas costas. “Queremos Justiça. Várias pessoas inocentes foram feridas. O responsável por isso tem que ser preso”, afirmou ele, que viu a mulher, Anira Lucas Cavalcante ser baleada nas duas pernas. “Deram quatro tiros nela, mas só dois acertaram”, contou.

Anira Lucas é uma das que está em estado mais grave. Tanto, que nem participou do enterro do bebê Rafael. “Ela ainda anda com dificuldades”, contou Ricardo da Silva. Também com dificuldades para andar, está Darleiluana Nascimento, 19 anos, que foi atingida nas nádegas por dois tiros. “Ela nem na festa estava. Ia saindo de casa para ir visitar uma amiga quando viu os tiros, correu e tentou se esconder atrás de um poste, mas foi atingida. Ela já foi liberada pelo hospital, mas não passou por cirurgia. Os médicos disseram que se mexessem lá era capaz dela ficar sem andar”, afirmou Edilma do Nascimento, mãe de Darleiluana.

Quem também corre risco de ficar sem andar, mas ainda está internada no Hospital Walfredo Gurgel é a adolescente Fabiola Figueiredo, 14 anos. A bala que a atingiu continua alojada nas costas, próximo à coluna.


Fonte: Tribuna do Norte

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