Mais de 100 quentinhas que seriam destinadas aos presos da Cadeia Pública de Mossoró Juiz Manoel Onofre de Souza foram doadas a moradores de um assentamento na zona rural de Mossoró. O fato se deu devido os detentos terem rejeitado a comida durante um dia de visita dos familiares.
Segundo informações repassadas pelo coronel Alvibá Alves, diretor do Complexo Penitenciário Estadual Agrícola Mário Negócio (CPEAMN), fornecedor da comida servida aos detentos da Cadeia Pública, as refeições só não se estragaram porque foram doadas. "Os presos não quiseram receber a comida fornecida no dia das visitas e para não ver toda aquela alimentação ir para o lixo, autorizei que fosse entregue a um grupo de sem-terra que vive nas imediações do presídio", explicou.
O esclarecimento do diretor surgiu depois que alguns familiares dos presos procuraram a imprensa para denunciar que os detentos estariam passando fome dentro da Cadeia. "Nós somos os responsáveis pelo fornecimento das quentinhas servidas na Cadeia Pública e posso assegurar que o alimento é de primeira qualidade. Para se ter uma ideia, é a mesma servida aos detentos da Mário Negócio, dos agentes, dos policiais e da direção das duas unidades", destacou.
Segundo o coronel, são três refeições servidas por dia: café, almoço e jantar, todas confeccionadas pelo restaurante do CPEAMN, inclusive com orientação de profissionais da área. "Não tem o menor cabimento a denúncia de que os presos passam fome. Tão logo assumiu a Secretaria de Justiça e Cidadania, o secretário Tiago Cortez cuidou logo em renovar o convênio para que problemas não viessem acontecer", concluiu.
A direção da Cadeia Pública foi procurada pela reportagem do O Mossoroense para se pronunciar sobre o assunto, mas não respondeu aos telefonemas.
O Mossoroense
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