Embalador preso injustamente é colocado em liberdade após passar 75 dias preso

Preso injustamente desde o dia 4 de novembro de 2010, época em que teve um mandado de prisão expedido pela Justiça do Estado de Minas Gerais após ter sido acusado de um roubo praticado por um homônimo (quando duas pessoas têm o mesmo nome e a mesma pronúncia), finalmente, o embalador Adenilson Ferreira da Silva, de 34 anos de idade, mais conhecido como "Dito", conseguiu ser libertado.
Ele foi colocado em liberdade na tarde de ontem, por volta das 15h45, após passar 75 dias preso em uma das celas da 1ª Delegacia de Polícia, no Alto de São Manoel, depois de ter tido a prisão revogada pela Justiça da Comarca de Minas Gerais.
O próprio delegado Renato Batista, titular da 1ª Delegacia de Polícia, o libertou para reencontrar seus familiares que o esperavam na porta da delegacia.
Segundo a polícia, a prisão de Adenilson Ferreira ocorreu por um engano. No ano de 2002, ele perdeu seu CPF em Mossoró. O embalador disse que na época ainda chegou a registrado um Boletim de Ocorrência (BO), mas acabou perdendo o comprovante da queixa.
No dia 10 de novembro de 2002, um homem com o mesmo nome de Dito foi acusado de roubo na cidade de Nanuque, em Minas Gerais.
Adenilson Ferreira foi encontrado pela Justiça mineira através da internet, após uma pesquisa no sistema nacional de pessoas, que localizou o nome do embalador (homônimo do autor do roubo) em Mossoró. Em seguida, a Justiça expediu um pedido de prisão preventiva contra ele, sem que "Dito" tivesse oportunidade de se explicar.
De posse de um mandado de prisão da comarca de Nanuque, agentes da 1ª DP prenderam Dito no dia 4 de novembro do ano passado.
O caso revoltou toda a população mossoroense, que via twitter, rádios, jornais e TVs, que promoveram uma campanha para provar a inocência do embalador.
A vereadora Cláudia Regina - DEM, também se colocou à disposição em ajudar o embalador e conseguiu com que o advogado Evânio Araujo tomasse a frente do caso em defesa de "Dito".
O jornalista e fotografo Cezar Alves também acompanhou o caso de perto e foi um dos incentivadores da campanha em prol da libertação de "Dito".
Bastante nervoso e emocionado, devido o mesmo tomar medicamentos para um problema de epilepsia, Adenilson e a esposa saíram da delegacia a pé do Alto de São Manoel ao Santo Antônio, para pagar uma promessa. Adenilson é funcionário do Supermercado Cidade, onde trabalha como embalador de compras e deverá retornar ao emprego ainda hoje. Durante todo o tempo em que esteve preso injustamente, a empresa não demitiu o funcionário e continuou enviando o salário para família de "Dito".



Fonte: Gazeta do Oeste