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sexta-feira, 1 de março de 2013

Onda de arrastões assusta

A escalada da violência em Natal não se restringe mais aos bairros periféricos e regiões distantes de bases da Polícia Militar. Nas últimas semanas, cinco arrastões foram registrados na zona Leste de Natal, nos bairros das Rocas e Petrópolis. Ontem, uma loja de roupas no shopping CCAB, em Petrópolis, foi alvo de um arrastão. Três bandidos armados renderam uma funcionária e levaram dinheiro e roupas da Lacoste. Ninguém foi preso. O crime ocorreu por volta das 10h.

Os assaltantes entraram na loja e anunciaram o assalto para a única funcionária que estava no momento da ação. Com uma arma apontada para o rosto, a mulher recebeu a ordem de não olhar para os bandidos e foi levada até um provador de roupas, enquanto os criminosos levavam roupas e o dinheiro que estava no caixa.

No momento em que recolhiam as confecções, os bandidos pediram também ajuda para que a funcionária colocasse mais roupas dentro de sacolas. Quando reuniram tudo o que podiam carregar, os criminosos deixaram a loja. Na semana passada, em menos de 24 horas, no Bairro das Rocas, na zona Leste da capital, duas ações criminosas foram registradas em pontos comerciais distintos, cuja distância da sede do 1º Batalhão da PM não é superior a 500 metros. O primeiro assalto ocorreu na noite da segunda-feira, 25, numa farmácia. Um homem armado anunciou o assalto e levou pertences pessoais dos funcionários e R$ 100,00 em espécie. O segundo foi num supermercado a menos de 100 metros da farmácia, logo após a abertura do estabelecimento ao público na manhã da terça, 26.

Também na tarde da terça, 25, uma clínica médica, na rua Seridó, no bairro de Petrópolis, foi alvo de arrastão. Os proprietários, temendo represálias e repetição dos crimes, preferem manter o sigilo das identidades, mas relataram que enviaram imagens do circuito interno de segurança à Polícia Civil. Um dos médicos disse que as quadrilhas estão agindo nas ruas Apodi, Açú e Jundiaí. "A sensação de insegurança é muito grande e em qualquer lugar", comentou a farmacêutica Roberta Rejane, vítima de assalto na farmácia das Rocas. Segundo ela, o policiamento na região é escasso.

Efetivo policial

O comandante-geral do Policiamento Metropolitano, coronel Ulysses Paiva, reconhece que as ocorrências aumentaram, mas enfatiza que os militares estão nas ruas da capital realizando patrulhas e diligências. Entretanto, ressaltou que o número de policiais não atende a demanda e que somente no 1º Batalhão aproximam de 100 homens estão afastados pela Junta Médica da PM . A assertiva do militar, porém, não convence os donos dos estabelecimentos comerciais nos bairros centrais de Natal. Em menos de uma semana, uma lotérica localizada no cruzamento da Rua Potengi com a Avenida Afonso Pena foi assaltada duas vezes e, pelo menos, um dos criminosos estava presente nos dois momentos. O primeiro assalto foi no dia 16 de janeiro, com roubo de R$ 6 mil. O segundo, no dia 21 de janeiro. Os bandidos levaram mais R$ 5 mil. Em relação aos assaltos na lotérica, o coronel Ulysses Paiva disse que um dos suspeitos chegou a ser preso. Os trabalhadores do locais assaltados temem novas investidas. "Os assaltos já se tornaram uma rotina. A questão do policiamento é precária aqui nas Rocas", afirmou o balconista Uclézio Marcelino, que já foi vítima de nove assaltos ao longo dos últimos seis anos em duas farmácias diferentes.

Fonte: Tribuna do Norte

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