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terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Segurança de Alcaçuz não é reforçada após fuga

Quem pensou que veria alterações na estrutura de segurança da Penitenciária Estadual de Alcaçuz se enganou. Quatro dias após a maior fuga da história do sistema prisional do Rio Grande do Norte, os esforços no sentido de aumentar o efetivo de agentes penitenciários e policiais militares ainda não surtiram nenhum efeito na prática. Ontem, onze agentes eram responsáveis pela guarda de cerca de 800 detentos da unidade prisional, quantidade similar ao que estava de serviço na quinta-feira da semana passada - dia da fuga de 41 detentos do novo pavilhão. Apesar da promessa do comando da Polícia Militar, ainda existem guaritas desativadas. Nesta segunda-feira, seis das onze estavam em funcionamento.
Adriano Abreu
Ontem, das onze guaritas do Presídio Estadual de Alcaçuz, apenas em cinco havia policiamento

"Eles estão esperando acontecer novamente". A frase de Raul Moreira, vice-presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Rio Grande do Norte, faz referência à fuga recorde e é dirigida às autoridades da Secretaria de Justiça e Cidadania e do Governo do Estado. Para ele, a ausência de medidas no sentido de garantir a segurança da unidade prisional representa o descaso com a situação caótica do sistema prisional. "Falaram muito de negligência dos servidores. E a negligência do Estado que ninguém falou? A situação precária já é conhecida e denunciada há muito tempo", afirmou.

As primeiras medidas práticas do Governo do Estado começaram a ocorrer no sábado passado, um dia depois da fuga em massa. A Sejuc atendeu a um pedido realizado pela direção do presídio e entregou 52 dos 90 cadeados requisitados. O pedido já havia sido feito pelo então diretor, major Marcos Lisboa, e não encontrou resposta do Governo. Todos os cadeados já estão em uso no pavilhão Rogério Coutinho Madruga, onde ocorreu a fuga durante a semana passada.

Apesar de terem visto o pedido parcialmente atendidos, os agentes penitenciários não sentem o local de trabalho mais seguro. "Cadeado não segura preso. Esse é um ditado da cadeia. O que segura preso é fuzil na guarita. É o que eles têm medo". A declaração é de um agente penitenciário que preferiu não se identificar. Para ele, a unidade ainda apresenta fragilidade que coloca em risco tanto os funcionários quanto a sociedade.

Segundo o agente entrevistado pela equipe de reportagem da TRIBUNA DO NORTE durante a manhã de ontem, os detentos conseguem ter acesso a qualquer parte do pavilhão através das entradas de ar das celas. "Eles quebram um tijolo e já conseguem sair. O cadeado não representa nada para eles. O problema aqui é bem maior".


Fonte: Tribuna do Norte

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