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domingo, 29 de janeiro de 2012

Presídio de Alcaçuz tem série de falhas de segurança, diz estudo

A maior fuga do sistema carcerário do Rio Grande do Norte, ocorrida no último dia 19, pôs em xeque o título de "penitenciária de segurança máxima" vinculado a penitenciária de Alcaçuz. Um estudo feito na unidade prisional durante o ano passado pelo delegado Normando Feitosa, da Divisão Especializada de Investigação e Combate ao Crime Organizado (Deicor) demonstra que, na verdade, o presídio não foi construído com essa finalidade. Ele aponta várias falhas arquitetônicas e de segurança que facilitam a ocorrência de fugas na unidade prisional e também faz algumas sugestões para melhorar a estrutura do presídio.

O estudo feito por Normando, em conjunto com o delegado Pedro Paulo Falcão, serviu como trabalho de conclusão do curso superior de polícia do Rio Grande do Norte. Durante o tempo de pesquisa feito pelo delegado, as duas arquitetas responsáveis pelo projeto da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, Rosanne Albuquerque e Lavínia Negreiros, foram entrevistadas. Segundo Normando Feitosa, em seus depoimentos, as arquitetas revelaram que a unidade prisional foi pensada para ser somente um presídio provisório.

"O projeto era de uma prisão modelo que permitisse a ressocialização do preso e lhe desse uma ocupação até que saísse a sua sentença. Por isso Alcaçuz tem prédios como o parlatório, fábrica de cartuchos, panificadora, entre outros", explica o delegado. Normando revela ainda que as arquitetas elaboraram um projeto para a construção do presídio em um terreno no município de Macaíba. "Mas, por influência política ou algum outro motivo que desconheço, eles levaram a construção para Nísia Floresta. O projeto foi aplicado em um terreno de dunas, totalmente diferente do original. Tanto sabiam do erro que sequer chamaram as arquitetas para a inauguração do presídio". Para ele, o próprio terreno em que foi construída a penitenciária é um fator que facilita as fugas. "É areia, basta cavar com as mãos".


Fonte: DNonline

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