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terça-feira, 14 de maio de 2013

Qual a diferença da morte de um advogado para um pai de família na periferia?

Acho bonito quando a Delegacia Geral da Polícia Civil designa um delegado especial para investigar a morte de uma pessoa conhecida na sociedade potiguar e mais ainda quando cria uma comissão especial para isso. Demonstração de força da nossa polícia em busca de uma resposta rápida para a criminalidade. Porém, fico me perguntando: qual a diferença da morte de um advogado para um pai de família na periferia?

Por que o assassinato de um cidadão desconhecido não recebe o mesmo tratamento especial. A vida dele é menos importante? Entendo que um homicídio como o do advogado Antônio Carlos tem sim que ser investigado e os responsáveis presos o mais rápido possível, mas entendo também que os familiares das outras centenas de pessoas assassinadas no Rio Grande do Norte, somente neste ano, também aguardam que os criminosos sejam presos.

Será que a Degepol cobra diariamente dos delegados distritais o mesmo empenho que está cobrando dos três delegados designados, em caráter especial, para investigação da morte de Antônio Carlos? Ou será que seria preciso a OAB ficar no pé para que isso acontecesse também?

Vou citar um exemplo aqui, só um mesmo, de centenas disponíveis. No último dia 30 de abril, o mecânico José Valfram Barbosa da Silva, de 32 anos, voltava para casa após mais um dia de trabalho. Durante uma tentativa de assalto, ele se negou a entregar a motocicleta que, com certeza, trabalhou muito para comprar. Resultado: foi baleado e morto. E o pior, na frente de um sobrinho que estava com ele no veículo.

Ai eu pergunto: teve delegado especial para esse caso? Alguém já foi preso? A resposta eu mesmo dou: NÃO! Ninguém foi preso e o inquérito continua aguardando diligências na delegacia de São Gonçalo do Amarante. Como disse, esse é apenas um dos vários casos que não “mereceram” atenção especial da Degepol. Garanto, no entanto, que os familiares de José Valfram todos os dias lembram da morte do rapaz.

Infelizmente, na nossa sociedade, o “pau que dá em Chico não é o mesmo que dá em Francisco”.


Fonte: Portal BO



 

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