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quinta-feira, 30 de maio de 2013

Família de estudante cearense fez protesto silencioso


Os familiares do estudante cearense José Fernandes Castelo, 19, que morreu na noite do dia 13 de abril deste ano, após furar uma barreira policial, ser perseguido, baleado e morto, acompanharam todo o trabalho de reconstituição da ação. A simulação da ação aconteceu na noite de terça-feira, 28, e foi feito obedecendo rigorosamente todo o trajeto percorrido pelo estudante e pelos policiais envolvidos na operação.
O trabalho foi coordenado pelo delegado titular da Delegacia Especializada em Homicídios de Mossoró (DEHOM), Roberto Moura, e pelo comandante do 2º Batalhão de Polícia Militar de Mossoró, tenente-coronel Francisco Alvibá. Os policiais que participaram da ação na noite do dia 13 foram convocados para participar da simulação, porém, amparados por lei, não compareceram.
 A simulação foi realizada por uma equipe de peritos do Instituto Técnico-científico de Polícia (ITEP) e contou com a participação de policiais civis, militares, Departamento Estadual de Trânsito. O trabalho teve início na Avenida Dix-neuf Rosado (Leste-Oeste), onde estava a barreira policial na noite do dia 13 de abril, e onde também teve início a uma perseguição que durou cerca de 1 hora parando com o estudante baleado no bairro Doze Anos.
A reprodução foi solicitada pelo delegado titular da Dehom, Roberto Moura, responsável pela condução do inquérito policial que apura a morte do estudante. Segundo o delegado, a reconstituição será importante para a conclusão do trabalho de investigação, que segundo o delegado servirá para tirar algumas dúvidas. “Muito foi comentado sobre a morte do estudante, mas é preciso concluir o inquérito para então se chegar a uma conclusão, mesmo porque a polícia trabalha com provas e é isso que estamos buscando”, explicou.
DECLARAÇÃO – Uma prima do estudante José Castelo, Graça Rocha, que veio para Mossoró juntamente com os pais do estudante para acompanhar a simulação, declarou que a família está inconformada com o que aconteceu. Segundo ela, o sentimento de toda a família de revolta e o que todos esperam é que seja feita justiça. “O que nós esperamos é seja feita justiça porque a vida de um jovem foi ceifada e o nosso desejo é que os policiais responsáveis por isso paguem pelo despreparo deles”, declarou.
Os familiares de José Castelo ficaram concentrados no local onde o estudante foi baleado na Rua Vicente Fernandes, bairro Doze Anos. Com faixas e banners exibindo pedidos de justiça e usando camisetas com foto do estudante, os familiares realizaram um manifesto pacífico e silencioso.
RELEMBRE O CASO - Depois de percorrer várias ruas de Mossoró, o veículo pilotado pelo estudante só parou depois que teve um dos pneus furados e o condutor baleado nas costas com disparo de arma de fogo. O carro pilotado por José Fernandes Castelo era um Honda Civic de cor preta com placas de Fortaleza. O relatório mostra também que o automóvel foi atingido por oito disparos, sendo um no pneu traseiro direito e os demais na parte traseira da lataria.
Um dos tiros atingiu a lanterna traseira esquerda, passou pelo banco traseiro, transfixou o assento do motorista e acertou as costas de José Fernandes. Ele ainda chegou a ser socorrido e levado para o Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM), mas não resistiu aos ferimentos e morreu na sala de cirurgia da unidade.

Fonte: Gazeta do Oeste

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