A população do bairro de Gramoré, zona Norte de Natal, organizou uma carreata em protesto contra a prisão dos soldados PMs Wendel Fagner e Rosivaldo Azevedo, acusados de assassinato. Segundo o organizador da manifestação, o vendedor Wellington Vagner Nascimento e amigo de infância de Wendel, o policial estava com a comunidade em um aniversário quando ocorreu o crime do qual é acusado. “Quando ele estava de serviço, nenhuma boca de fumo funcionava no bairro”.
O protesto saiu com cerca de 40 carros desde o Ginásio Nélio Dias, no Gramoré, até à Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte na manhã desta terça-feira (30). Wendel Fagner é morador do Gramoré e foi detido em casa. Ali a população do bairro reclamou da prisão dos dois PMs, considerados por eles excelentes policiais.
Os soldados PMs Wendel Fagner Cortez de Almeida e Rosivaldo Azevedo Maciel Fernandes estão detidos no pavilhão Rogério Coutinho Madruga da Penitenciária Estadual de Alcaçuz desde o dia 19 deste mês. Eles são acusados de terem matado Jackson Michael da Silva Soares, em Afonso Bezerra no dia 23 de março deste ano. A prisão foi realizada pela Força Tarefa da Secretaria Estadual de Segurança Pública e Defesa Social (Sesed), cujas atividades estão suspensas.
Wellington Nascimento diz que toda a população do Gramoré ficou revoltada com a prisão dos policiais. “Principalmente por termos provas de que Wendel não cometeu esse crime. Ele estava conosco em uma festa e não em Afonso Bezerra, como diz a Polícia”.
Para o vendedor, existe uma perseguição da Polícia e de alguns “vagabundos” que querem ver o soldado Wendel Fagner detido. “Essa já é a terceira acusação da qual ele tem de se defender. Ele está sofrendo e teve problemas psicológicos por causa dessa perseguição. Mas só quem o acusa de assassinato são familiares de vagabundos a quem Wendel prendia. O pai desse que foi morto em Afonso Bezerra mesmo é conhecido como traficante no loteamento Dom Pedro [zona Norte]”.
O amigo de infância de Wendel diz que o objetivo do protesto é chamar a atenção das autoridades para a prisão dos policiais, que ele considera injusta, e para o fato de ambos estarem detidos na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, ao invés da carceragem da Polícia Militar. “Enquanto eles estão presos, nós ficamos nas mãos de bandidos no nosso bairro”.
Fonte: Portal no Ar
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