Pareceu uma reprise das cenas vistas em 2012, quando a manifestação de
estudantes contra o aumento da passagem de ônibus em Natal foi reprimido pela
Polícia Militar, mas não era. Nesta quarta-feira (15), assim como no ano
passado, o protesto contra o reajuste municipal da tarifa terminou em confusão e
acusações dos estudantes de abuso de força dos PMs. Segundo eles, policiais
militares usaram spray de pimenta e balas de borracha para acabar com o
movimento, que até então era pacífico.
“Infelizmente, a Polícia Militar mostrou que não tem nenhum diálogo e usou a
força para acabar com o protesto pacífico, que é um direito nosso, contra um
reajuste que foi dado sem nenhuma conversa com a população”, afirmou uma das
estudantes que estavam presentes no protesto.
A “agressão” da Polícia Militar teria começado depois das 19h, quando a
manifestação de estudantes voltava, em caminhada, para a frente do Natal
Shopping, após fazerem uma longa mobilização no Midway Mall. “Quando estávamos
chegando ao início da BR, os policiais militares começaram a atirar balas de
borracha e a jogar spray de pimenta, forçando a manifestação a se dispersar”,
acrescentou ela, que foi junto a outros manifestantes atingidos pelo spray ao
hospital. “Passei muito mal, fiquei enjoada. A PM não precisava disso”,
colocou.
A estudante lembra que antes dessa atitude dos policiais militares que
acompanhavam a manifestação, algumas demonstrações de exageros de força já
tinham sido dadas. “Quando estávamos voltando, uma professora quase foi agredida
por um policial militar. A agressão só não ocorreu porque a vereadora Amanda
Gurgel entrou na frente do PM e outras pessoas protestaram”, relembrou.
A estudante ouvida pelo portalnoar.com relembrou que no ano passado já houve
uma repressão semelhantes, mas nem por isso o protesto deixou de ser feito e o
objetivo, que é o não aumento das passagens, atingido. “Na próxima semana vamos
fazer um novo protesto. A PM não vai nos silenciar”, garantiu.
Fonte: Portal no Ar
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