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domingo, 19 de setembro de 2010

Delegado do RN sofre tentativa de sequestro virtual; medidas evitam ação de bandidos

Conhecido por investigar casos envolvendo desaparecimento e sequestro, o delegado Maurílio Pinto de Medeiros acabou sendo vítima do tipo de sequestro conhecido como "virtual" há alguns dias, na semana passada. "Um homem me ligou dizendo que estava com pessoas da minha família e colocou uma moça chorando na linha para eu ouvir. Depois, passou para outro homem e eu disse que sabia que se tratava de um trote e desliguei", conta o titular da Delegacia Especializada em Capturas (Decap). Algumas dicas, no entanto, podem evitar que você seja a próxima vítima tanto de sequestros relâmpagos ou virtuais, quanto de outros problemas como fraudes com documentos perdidos ou roubados.

Maurílio Pinto revelou que, embora tenha-se propagado informações (inclusive pela internet) de que o número de sequestros e "sequestros-relâmpago" aumentou em Natal, a modalidade "virtual" ainda lidera o número de queixas na polícia. Segundo o delegado, a maior partedas ligações vêm de presídios do Ceará e Rio de Janeiro, são feitas a cobrar e tentam enganar quem atende a respeito de supostos raptos.

Envolvendo a família da vítima, os bandidos pedem quantias de dinheiro para serem depositadas em determinadas contas e até recargas de celulares. Para não cair no golpe, o titular recomenda que o alvo do trote interrompa a ligação imediatamente ao ouvir falar em sequestro e mantenha o aparelho celular desligado.

Perguntado sobre a ocorrência de "sequestros-relâmpago", quando a vítima é abordada, rendida e permanece sob o poder de bandidos durante algumas horas, sendo, geralmente, obrigada a realizar saques em caixas eletrônicos, o delegado afirmou que não há dados suficientes para afirmar que aumentou. Mas disse que esse tipo de vítima costuma ser escolhido de forma aleatória.

O tenente-coronel Alarico Azevedo, comandante do Policiamento Metropolitano, informou que, pelas estatísticas da PM, cujos números não foram repassados à reportagem, o número de ocorrências de "sequestro-relâmpago" ou "saidinha de banco" não aumentou.

A Delegacia Geral de Polícia Civil (Degepol) disse, por meio da assessoria de comunicação, que também não seria possível levantar os dados com a quantidade de casos do tipo sendo investigados. A principal dificuldade, de acordo com o órgão, seria o fato de a maioria desses crimes serem tipificados apenas como assalto.

Medo se espalha pela capital potiguar

Mesmo com a falta de dados concretos com relação às ocorrências que envolvem raptos e "saidinhas de banco", a reportagem recebeu, nos últimos dias, vários e-mails que denunciavam a violência na cidade, o que estaria deixando a população ainda mais preocupada.

No mês passado, uma mensagem eletrônica que circulou em Natal alertava quanto a um suposto grupo de "sequestradores-relâmpago" que teria feito uma vítima nas proximidades da Faculdade de Odontologia da UFRN, na Avenida Salgado Filho, em Lagoa Nova (Zona Sul). "Minha sobrinha universitária vinha da aula e foi abordada, inesperadamente, por uma mulher bem vestida, de cabelos compridos, que se encontrava recostada numa grade. Ela anunciou o assalto, pedindo dinheiro, celular, cartões e joias, e, armada, a levou para um carro, onde fugiram com um homem que estava esperando", dizia uma enfermeira que preferiu não ter seu nome divulgado.

De acordo com a tia, a dupla permaneceu com a vítima durante cerca de duas horas, ameaçou estupro e chegou a agredi-la. "Apolícia foi mobilizada, a ocorrência registrada. Graças a Deus, ela está conosco. Mas há notícias de que este grupo está assaltando não só estudantes de faculdades e escolas particulares, como também pessoas idosas que saem de clínicas", denunciou a enfermeira.


Fonte: DNonline

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