Advogado é preso por suspeita de furto de energia elétrica

Agentes da Delegacia Especializada em Furtos e Roubos (DEFUR) prenderam em flagrante na terça-feira passada, 21, o advogado Abelardo Eleutério Maia, de 43 anos, sob a suspeita de furto de energia elétrica (Art. 155, §3, do Código Penal). O suspeito negou o crime.
Na residência do suspeito, localizada no bairro Santa Delmira, funcionários da Companhia Energética do Rio Grande do Norte (COSERN) encontraram um disjuntor elétrico de 30 amperes interligado a um contactor, utilizado para o desvio de energia elétrica, o popular "gato".
O flagrante ocorreu depois que funcionários da Cosern chegaram à Defur, por volta das 10 horas, solicitando apoio no sentido de realizar um flagrante de furto de energia constatado em uma casa na Rua São Judas Tadeu, onde a instalação elétrica de entrada da residência, antes do medidor, apresentava sinal de estar sendo desviada.
Uma equipe do Instituto Técnico-científico de Polícia (ITEP) também esteve na residência do advogado acompanhando os policiais e funcionários da Cosern para constatar as suspeitas do furto de energia.
Em depoimento na delegacia, o advogado informou que realmente recebeu dois funcionários da companhia energética e que autorizou a entrada dos eletricistas para verificação das instalações da casa. Abelardo Eleutério disse ainda após 30 minutos da primeira inspeção, ele foi novamente surpreendido com a chegada dos mesmos eletricistas, agora na companhia de uma equipe do Itep e de policiais.
O advogado negou ter feito ou mandado fazer a instalação do equipamento para o desvio de energia, mas mesmo assim acabou recebendo voz de prisão em flagrante e foi conduzido para Defur.
Abelardo Eleutério informou à polícia que o desvio já existia na casa, quando a comprou no ano de 2004, e que ele não tinha conhecimento do "gato".
O advogado declarou ainda que adquiriu o imóvel do empresário "Cezimar do Cantinho Peças", e que o antigo proprietário costumava alugar a casa.
Segundo agentes da Defur, o equipamento apreendido foi levado para o Itep e o suspeito foi colocado em liberdade horas depois de sua prisão, com auxílio de representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), da subseção de Mossoró.



Fonte: Gazeta do Oeste