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segunda-feira, 3 de junho de 2013

“Polícia Civil é incapaz de elucidar os crimes”, critica promotor

A criação de uma Divisão de Homicídios é discutida há muito tempo pelas autoridades estaduais de segurança pública e anunciada como uma das principais políticas de enfrentamento à violência. Para o promotor de Justiça, Wendell Beetoven, que atua na área criminal, a criação da divisão não pode ser a principal aposta do poder público e cita pontos deficientes para o Ministério Público (MPRN).

Wendell afirma que “estão apostando a solução do problema na criação da Divisão de Homicídios, quando deveriam pensar em estruturar as delegacias distritais. Temos exemplos claros desse sucateamento dos prédios, além da falta de equipamentos e qualificação profissional. Falta até material de expediente, que é básico para qualquer repartição. O crescimento da criminalidade tem como causa a impunidade. A Polícia Civil é incapaz de elucidar os crimes”.

Apesar da crítica, o promotor relevou ser a favor da criação da unidade especial, contudo, como a própria descrição diz, “investigar apenas casos especiais e deixar que as distritais façam seu trabalho. As distritais são essenciais, pois é onde a comunidade se identifica e passa confiança. Se um crime ocorrer, o cidadão vai passar a informação para aquele policial conhecido e não para o que vem de uma especializada”.

Ele afirmou que existem diversos pontos que merecem atenção quando se fala em segurança pública, dando como exemplo o crescente número de homicídios e do narcotráfico. Porém, o promotor acredita que uma gestão mais eficiente apresentaria resultados mais positivos.

“O estado se mostra ineficiente quando observamos o baixo investimento em segurança pública. Devemos criar política séria, embasadas e própria para a realidade do estado, e não ficar esperando esmola do Governo Federal. Se sabe que terá despesa, porque não colocar dentro do orçamento ordinário? São questões que ainda precisam ser melhoradas”, comentou.

Além disso, o promotor citou deficiência na competência do Governo Federal, em especial no enfrentamento às drogas. “A Polícia Federal possui ótimos serviços, mas tem uma atuação insuficiente para o tamanho do Brasil. A droga chega às ruas com facilidade, tornando quase impossível o rastreio. Tem que se prender na fonte. Falo pela nossa realidade. Recebo poucos inquéritos da PF referentes ao narcotráfico”, citou Wendell.


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