O preso provisório Iran Xavier foi ferido na madrugada de ontem com um tiro na mão dentro da carceragem da 1ª Delegacia de Polícia de Parnamirim. O incidente ocorreu por volta de 01h. Iran foi levado para o Walfredo Gurgel, onde foi atendido e retornou para a delegacia ontem pela manhã. O advogado do preso e os agentes responsáveis pela delegacia divergem quanto ao motivo do incidente. Antônio Carlos de Souza, advogado da vítima, disse que irá pedir a abertura de investigação e processo administrativo.
A versão do advogado Antônio Carlos de Souza é de que Iran estava tentando trocar um miojo com outro preso, quando um dos policiais – ele não sabe se civil ou militar – efetuou o disparo. “É comum que os presos troquem comida. O que é um absurdo é que um preso provisório seja atingido em plena delegacia, quando não representa risco para ninguém”, afirma Antônio Carlos. E complementa: “Com certeza irei entrar com o pedido de investigação criminal e de abertura de processo administrativo”. Iran Xavier é acusado de tráfico de drogas. “Ele pegou uma carona e o carro do dono continha a droga. Estamos tentando provar a sua inocência”, diz.
Já a versão do agente Robson Silva, diretor do CDP de Parnamirim, é diferente. Ele estava no momento do incidente e disse que o preso estava forçando a tela de proteção da cela. Essa tela impede que os presos levem materiais externos para dentro da cela. “O policial advertiu duas vezes que não era para forçar a tela de proteção e, contudo, o preso não obedeceu. Por isso, houve o disparo, que pegou de raspão na mão dele, mas já está tudo bem”, relembra Robson Silva. O tamanho do estrago é outra divergência. Para o advogado, o tiro não pegou “somente de raspão”, mas estraçalhou a mão do preso. O agente da Polícia Civil refutou a hipótese de “troca de comida”. “Era uma hora da madrugada, é impossível que ele estivesse trocando comida. Nós temos feito um monitoramento sistemático disso”, encerra.
Fonte: Tribuna do Norte
segunda-feira, 24 de maio de 2010
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