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sábado, 29 de maio de 2010

Policiais aceitam proposta do governo e acabam a greve

Após 19 dias de paralisação, ontem às 21h20 terminou a greve da Polícia Civil do Rio Grande do Norte. Hoje, os policiais voltam ao trabalho normalmente. Foram quase duas horas de negociações entre representantes do Sindicato da Polícia Civil (Sinpol) e o governador do Estado Iberê Ferreira de Souza (PSB). A reunião aconteceu na sede da governadoria, no Centro Administrativo. Enquanto isso, do lado de fora, boa parte da classe trabalhadora permaneceu em frente à sede do governo com faixas.

Até o fechamento desta edição, às 22h, Vilma Marinho, presidente do Sindicato aguardava para assinar o termo de acordo. A principal reivindicação da categoria, a retirada de presos de Delegacias, deverá ser colocada em prática, no máximo em 60 dias. A Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc) irá assumir a responsabilidade integral dos presos. Os policias que trabalham em Mossoró serão os primeiros beneficiados. No máximo, em 15 dias os custodiados nas delegacias serão encaminhados para presídios. Em outras regiões, como no agreste do RN, os presos serão retirados, assim que for inaugurado o presídio da cidade de Nova Cruz.

Além da retirada dos presos das unidades policiais, mais seis reivindicações foram feitas pela categoria: a substituição das quentinhas por vale-refeição para os plantonistas; regulamentação do livre acesso para o policial civil; reestruturação das condições de trabalho dos policiais civis; contratação de serviços terceirizados de limpeza; curso de formação dos concursados e aumento de efetivo nas delegacias.

O diretor financeiro do Sinpol Francisco Alves não soube dizer quais outros itens serão cumpridos pelo governo. “Ainda não tenho todos os detalhes”. Djair Oliveira, vice-presidente do Sindicato da Polícia Civil disse que apesar das pressões a categoria não recuou por acreditar que a paralisação era a forma mais correta de se chegar a um denominador comum. “O juiz Cicero Martins de Macedo Filho julgou inconstitucional a greve da Polícia Civil, na quarta-feira (27)”.

Djair reclamou: “Ele é o mesmo magistrado que no ano de 2008 julgou ilegal a permanência de presos em Delegacias”. O magistrado julgou procedente a ação civil pública impetrada pelo Estado onde foi pedido a suspensão da greve e a volta ao trabalho imediatamente. Segundo Cicero Macedo, o motivo principal para que a greve fosse suspensa era a falta de um motivo plausível para a paralisação.

Os membros do Sinpol disseram que não foram notificados sobre a decisão do magistrado.De acordo com Oliveira, durante toda a paralisação foi cumprido o que determina a legislação. Os 30% do efetivo policial trabalhou normalmente. “Somos uma categoria acostumada a lutar”. Além da área administrativa, da Delegacia Geral da Polícia Civil (Degepol), as Delegacias de Plantão da zona Sul e Norte e as unidades regionais também permaneceram funcionando durante a paralisação da classe trabalhadora.


Fonte: Tribuna do Norte

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