Para as autoridades potiguares envolvidas no combate diário às drogas, apenas uma ação integrada por vários órgãos públicos seria a solução para a epidemia de consumo de crack que atinge todo o país. Unir as áreas de segurança pública, saúde e promoção social no combate, prevenção e tratamento da questão das drogas é a solução vislumbrada pelo comandante-geral da Polícia Militar do estado, coronel Francisco Canindé de Araújo, e a secretária-adjunta da Secretaria Municipal de Trabalho e Assistência Social (Semtas), Verônica Dantas
De áreas diferentes, mas com interesses semelhantes, o coronel Francisco Araújo, e a secretária Verônica Dantas compartilham a mesma opinião de que, atualmente, acima de tudo, o problema do crack - como o que vem sendo demonstrado por reportagens do Diário de Natal sobre a Cracolândia de Lagoa Nova nesta semana - e de várias outras drogas, lícitas ou não, é de saúde pública.
"O trabalho da PM é deter quem esteja consumindo drogas e levar para uma delegacia. A partir dali, não temosmais a responsabilidade sobre o indivíduo. Falta uma política de integração entre as áreas para um ação efetiva contra as drogas", explicou o comandante-geral. Para o coronel Araújo, programas como o Proerd (Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência) são essencias na prevenção ao consumo.
Segundo Verônica Dantas, o envolvimento da família no enfrentamento de situação de vício também são vitais. "Quando identificamos alguma criança, por exemplo, viciada, abandonada na rua, o trabalho de acompanhamento é feito em conjunto com a família, não só com a criança. Com a participação também de órgãos como o conselho tutelar e a vara da infância e da juventude", afirmou a secretária-adjunta. De acordo com ela, a secretaria tem equipes que realizam rondas permanentes pela capital potiguar, procurando identificar, dentre outras situações, pontos de consumo de drogas, como a Cracolândia de Lagoa Nova.
Atualmente, a Semtas possui um centro de tratamento para dependentes químicos, que trata crianças, adolescentes e adultos viciados em várias drogas.
De acordo com o coronel Francisco Araújo, a PM busca sempre combater, não os usuários ("Estes são casos de saúde, devem ser tratados"), e sim os traficantes. "A nossa polícia é direcionada para buscar o traficante de drogas. Este sim que deve ser tratado como o bandido, pelo delito que comete", afirmou o comandante-geral.
Fonte: DNonline
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