Detentos mantêm familiares reféns na Cadeia Pública

Um reforço de três viaturas, e uma dupla motorizada da Ronda Ostensiva com Apoio Motorizado (ROCAM) composta por aproximadamente 14 policias militares foram acionados para reforçar o efetivo da Cadeia Pública Juiz Manoel Onofre de Souza. Os policias foram chamados para conter um princípio de rebelião que teve início durante o horário de visita dos familiares de presos.
Segundo relatos de familiares de presos que aguardavam do lado de fora do presídio, existem crianças em meio aos reféns e os rebelados só aceitam negociar com a presença de um promotor.
Informações de agentes penitenciários, que pediram para não serem identificados, os presos programaram a rebelião para ontem, por volta das 14 horas, horário do início das visitações, depois de terem sido punidos por indisciplina pela direção da cadeia. Vários detentos tiveram televisões retiradas das celas.
Outro problema que motivou a insurgência da revolta são as constantes quedas de energia elétrica que ocorrem nos pavilhões.
Os presos reclamam do calor, já que os ventiladores não têm como funcionar devido aos apagões, e do ataque de mosquitos no período da noite.
A vice-diretora da Cadeia Pública de Mossoró, Francinete Fernandes, foi procurada pela reportagem para comentar sobre o princípio de rebelião, mas informou que não poderia receber a imprensa no momento porque estava reunida com tenente Edmilson, oficial comandante do policiamento militar no local, na tentativa de negociar a libertação pacífica dos reféns.
Informações repassadas pela Central de Operações da Polícia Militar (COPOM) de Mossoró, é que, até as 20h30 de ontem, horário de fechamento desta edição, o reforço da PM continuava de prontidão na Cadeia Pública de Mossoró, e que as negociações ainda não haviam avançado.


Fonte: Gazeta do Oeste