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quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Delegado reforça suspeita contra PM

No dia que a Polícia Militar solicitou à Polícia Civil a nomeação de um delegado especial para apuração do caso de assassinato do professor e lutador de MMA, Luiz de França Souza Trindade, o delegado responsável pelo caso, até então, Sílvio Fernando Nunes Silva, sustenta a suspeita de Iranildo Félix de Souza como autor do crime após colhimento de novos depoimentos  com o reconhecimento da roupa do indivíduo no dia do crime.

Em meio ao andamento das investigações, a solicitação foi expedida pelo comandante geral da Polícia Militar, Francisco Canindé Araújo, com a justificativa do “clamor público ao caso e do noticiamento de um oficial militar dentro das investigações”. “Na própria lei civil, caso haja um clamor público ou inspire investigação com rigor, deve ser designado um delegado especial”, relata Araújo. “Solicitamos também para preservar a instituição da Polícia Militar”.

Até o fechamento desta edição a notificação ainda não havia chegado ao gabinete do Delegado Geral, Ricardo Sérgio, conforme informação da assessoria de imprensa da Polícia Civil e. A notícia surpreendeu o delegado Sílvio Fernando, que relatou não ter conhecimento do pedido. Mesmo com a notícia, ele continua com andamento das investigações.

Investigação
A revelação da vestimenta do autor dos disparos, pelo depoimento de Aldemir Junior, foi fundamental para a investigação. “Junior disse que a pessoa que atirou no Luiz de França estava de moletom verde e a bermuda preta e esse moletom verde foi visto com o acusado na Companhia (de Polícia) pelo Capitão Juscelino, que disse que ele esteve lá antes do crime com a bermuda preta e moletom verde”, afirma o delegado.

Os disparos também atingiram o Aldemir Junior nas pernas. Ele estava ao lado do Luiz da França no momento do crime, surpreendidos por dois homens numa moto.

Na tarde de ontem também foi ouvida a namorada do principal suspeito, parte de uma linha de investigação do crime  supondo agressão do tenente cometida contra ela por ciúmes de Luiz de França. Ela se encontra internada em um hospital particular de Natal com fratura num braço e na clavícula. Segundo Sílvio Fernando, ela nega a agressão e qualquer envolvimento com o professor. Mesmo assim, o delegado vai requerer o prontuário médico da mulher e a quebra de sigilo telefônico.

Os donos da academia Alta Performance também deram depoimento quanto ao caso, mas não prestaram informações exatas de identificação do piloto e do garupeiro da moto.

Testemunhas
O delegado está se cercando de provas técnicas, além da oitiva de das testemunhas. Foi solicitado o exame para encontrar resíduos de pólvora nas mãos do policial militar, que deve ser realizado hoje. Não foi feito ontem porque o suspeito alegou que faria apenas na presença da advogada. Ele diz que depende das provas técnicas e dos demais depoimentos para declaração de prisão do suspeito. O pedido de prisão preventiva não foi realizado, pelo caso do suspeito está colaborando com a investigação.

Ainda serão rastreadas imagens de outras câmaras de circuito interno de TV das ruas próximas a academia na qual o tenente teria estado antes do horário do crime, a HP, e a academia Alta Performance, local do homicídio.

Para o delegado, também é desnecessária a requisição da arma do tenente, que é dono de uma pistola 380 para uso pessoal, pois em virtude de estar de licença médica há dez meses, deixou de usar a pistola 40 milímetros, de uso exclusiva das Polícia Civil e Militar. Os tiros disparados contra a vítima são de pistola ponto 40. “Se foi o tenente que disparou, ele usou a arma de outra pessoa”.


Fonte: Tribuna do Norte

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