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terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Padaria nas Rocas sofreu quinze assaltos só este ano


“Fechado por temor à bandidagem”. É esta a frase encontrada em uma faixa pregada na parede da padaria Estrela do Mar, na esquina da rua Areal com o prolongamento da Avenida Floriano Peixoto, no bairro das Rocas. A faixa nada mais é que um desabafo diante dos 15 assaltos sofridos pelo proprietário do comércio ao longo de um ano. Rosivaldo Toscano é daqueles brasileiros que paga todos os impostos em dia, mas que tem que driblar a insegurança que assola o Rio Grande do Norte para poder continuar a “ganhar o pão de cada dia”.

Aos domingos, o proprietário fecha o estabelecimento e informa aos consumidores o motivo de não poder abrir o comércioDesanimado, após 41 anos com a padaria em pleno funcionamento, Toscano pretende abaixar as portas definitivamente. A Estrela do Mar está à venda. Os assaltos constantes ocorrem, geralmente, aos domingos e, por este motivo, Toscano, não abre mais à tarde. “Ainda estou abrindo durante a semana, mas quando chega o domingo coloco a faixa na frente do comércio e fecho”.

Com os cabelos brancos e aparência cansada, Rosivaldo Toscano não aguenta mais lutar contra a maré. “Estou desestimulado. “Eu nem posso colocar toda a culpa na polícia, mas a verdade é que quando eles passam aqui na frente é tão rápido que se tiver ocorrendo um assalto nem percebem”.

Mas não é somente, o proprietário que reclama. Uma das funcionárias (por motivo de segurança não terá o nome revelado) já contabilizou inúmeros assaltos em que teve uma arma apontada para a cabeça. “Só comigo foram dez assaltos. Trabalho o tempo todo nervosa. Penso em pedir demissão por causa dos traumas que passei durante os assaltos”.

A mulher contou que dia 14 de novembro (domingo) e dia 21 do mesmo mês foram as piores abordagens dos bandidos. “Queriam dinheiro de qualquer jeito. Mandaram que colocasse as moedas em um saco e entregasse tudo. Apontaram a arma para mim. Havia muitos clientes na padaria. Todos ficaram encolhidos com medo”.

De acordo com a vítima, dois homens entraram no comércio e um terceiro dava apoio. “Ainda pegaram o proprietário, mas um dos assaltantes percebeu que alguém, na rua, havia visto a movimentação e decidiram não terminar o assalto”.

Segundo a funcionária, após os bandidos terem fugido, todos os clientes saíram correndo da padaria. “É um desespero grande. Trabalho sob tensão. Tenho medo que em qualquer momento ocorra outro assalto”, lamentou com os olhos cheios de lágrimas.


Fonte: Tribuna do Norte

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