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domingo, 24 de fevereiro de 2013

Comando da PM descarta ataques de presos


O temor da população de Mossoró de que possa haver represálias por parte dos 37 criminosos vindos de Rondônia para o Presídio Federal da cidade é descartado pelo comandante do 2º Batalhão de Polícia Militar de Mossoró (2º BPM), Francisco Alvibar Gomes. Segundo o comandante, nenhum alerta foi emitido por parte da Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social (SESED/RN) para o comando local neste sentido.
Coronel Alvibar acrescentou que não há motivo para pânico e tranquiliza a população explicando que existe um trabalho de investigação permanente feito pelo Serviço de Inteligência tanto da Polícia Militar quanto da Polícia Civil e nada foi captado até o momento desde a transferência dos presos de Santa Catarina para Mossoró. “Não recebemos qualquer notificação e muito menos alerta sobre possíveis ataques em Mossoró devido à chegada dos presos, portanto não há motivo para ter medo”, tranquilizou.
Os 37 homens, que estavam custodiados em unidades prisionais catarinenses, desembarcaram na tarde do sábado, 16, no Rio Grande do Norte com destino ao Presídio Federal de Mossoró. A transferência, segundo o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, faz parte de uma das cinco medidas adotadas para conter os ataques de violência que atingem cidades de Santa Catarina.
O desembarque aconteceu por volta das 15h45, no Aeroporto Dix-sept Rosado, em Mossoró. Os presos chegaram em um avião Hércules C-130 da Força Aérea Brasileira, segundo informações da direção do presídio, saiu de Florianópolis e chegou ao RN sem escalas. Um forte esquema de segurança, organizado por agentes federais, impossibilitou a aproximação da imprensa. A transferência de presos teve início na manhã de sábado, quando 40 homens foram retirados de prisões catarinenses e levados a dois presídios de segurança máxima. 37 foram encaminhados para Mossoró (RN) e três para Porto Velho (RO).
ATAQUES – Mesmo após a transferência de 40 presos ocorrida no sábado, 16, os ataques em Santa Catarina não cessaram. Na madrugada de quarta-feira, 20, vários carros foram novamente incendiados em vários pontos da cidade. A Polícia Civil de Rondônia diz que partiu de dentro do presídio Urso Branco, em Porto Velho, a ordem para os ataques a seis carros destruídos em incêndios na madrugada do dia 20. No mesmo dia, chegaram à capital de Rondônia três presos transferidos de Santa Catarina em razão da série de ataques orquestrados pelo crime organizado no Estado.
Na quinta-feira, 21, o delegado Jeremias Mendes de Souza, diretor do Departamento de Polícia Metropolitana, afirmou que a ação criminosa foi planejada dentro do Urso Branco. Trata-se de uma reação à transferência dos presos, segundo Souza. Ninguém envolvido nos ataques foi preso até agora. "A ordem veio do Urso Branco porque os detentos estão revoltados com o tratamento dado aos presos de Santa Catarina. Como reação, eles prometeram queimar carros e ônibus em Porto Velho", disse.
De acordo com o diretor do sistema penitenciário federal, Arcelino Vieira, com a chegada dos 37 presos o presídio de Mossoró, o número de detentos na unidade local é 110 presos. O Presídio Federal de Mossoró tem capacidade para 208 presos. Os novos detentos vindos de Santa Catarina ficarão no Regime Disciplinar Diferenciando (RDD) onde ficam isolados e não tem qualquer contato com outros presos.
No regime a que estão submetidos, os presos vindos de Santa Catarina também não terão direito a visitas íntimas, o banho de sol será individual e as visitas de parentes e amigos acontecerá de forma limitada.
ENTENDA O CASO – A transferência de presos ligados a facções criminosas dos presídios federais faz parte de uma medida de segurança do Sistema Penitenciário Federal que tem como objetivo inibir a ação dos líderes. No caso da transferência dos presos de Santa Catarina pata Mossoró tem a ver com a segunda onda de atentados em Santa Catarina que começou na noite de 30 de janeiro deste ano, no Vale do Itajaí.


Fonte: Gazeta do Oeste

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