Três homens foram detidos pela Polícia Civil sob suspeita de terem participado do latrocínio contra o escrivão Sidney Alves Lucas no dia 11 de março passado. As prisões foram resultados das investigações realizadas pelos delegados Roberto Andrade e Fábio Rogério, atual delegado-geral. O trabalho da Polícia permanece ocorrendo uma vez que ainda há um suspeito que não foi encontrado.
O resultado das investigações foram expostas à imprensa durante a manhã desta quinta-feira, 7, na sede da Delegacia Geral de Polícia, Degepol. As prisões dos suspeitos já vinham ocorrendo desde o início do mês passado, mas dois homens foram detido no começo de julho.
Para a polícia, está claro que o escrivão foi morto em decorrência de uma tentativa de "saidinha de banco". "Essa foi a linha de investigação que prevaleceu. Imagens do circuito interno da agência são claras quanto a intenção dos criminosos", contou o delegado-geral Fábio Rogério.
Algumas das imagens foram expostas e percebe-se a presença de "olheiros" e da perseguição feita a Sidney logo após a saída do banco. A vítima havia acabado de sacar aproximadamente R$ 11.400.
Raphael Bruno Araújo da Silva, Tarcísio Oliveira da Silva e Luciano de Lira Lucena foram os homens detidos sob suspeita de participarem do crime. Miriam Maciel da Silva também é, segundo a polícia, integrante da quadrilha, mas permanece foragida.
De acordo com o delegado-geral, a quadrilha tinha atuação bastante diversificada praticando crimes como estelionato. "Foi difícil cruzar os dados, porque eles utilizam documentos falsos", complementou. A Polícia Civil suspeita que o bando atuasse também em estados vizinhos praticando crimes similares.
O inquérito ainda não foi concluído e baseia-se em provas documentais, como as gravações do sistema de segurança. Além disso, testemunhas confirmam o modelo da motocicleta utilizada para praticar o latrocínio, assim como as características dos suspeitos já detidos.
As armas utilizadas por Luciano e Tarcísio para disparar contra Sidney quando ele esboçou reação ao assalto não foram encontradas. Segundo a polícia, seriam uma pistola calibre 380 e um revólver calibre 38.
Dos três envolvidos, apenas Luciano de Lira confessou o crime e deu detalhes da organização da quadrilha. Os demais dizem não ter envolvimento com o fato.
O assassinato aconteceu por volta das 16h, quando Sidney Lucas chegava em casa, na rua Praça Guarulhos, no Gramoré. Ele foi abordado por dois homens que estavam em uma motocicleta. Provavelmente, os criminosos não esperavam a reação com tiros do escrivão e desistiram da ação após atingirem a vítima.
Fonte: Tribuna do Norte
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