Bem vindos, esta nova ferramenta disponibilizará aos visitantes notícias em tempo real da Segurança Pública do nosso estado, em especial da PM RN.

domingo, 21 de agosto de 2011

PCC comanda crimes de dentro do presídio de Alcaçuz

Inaugurada há mais de 12 anos para funcionar com uma unidade de segurança máxima, a penitenciária Dr. Francisco Nogueira Fernandes, conhecida como presídio de Alcaçuz, está longe de prestar o serviço para o qual foi construída.

É de lá que partem boa parte das ordens do tráfico de drogas na Grande Natal, bem como para as explosões de caixas eletrônicos que têm aterrorizado o Rio Grande do Norte.

E a voz de comando é dada pela célula da facção criminosa paulista Primeiro Comando da Capital (PCC), que possui cerca de 80 membros espalhados por presídios potiguares. É o que revela o coordenador da administração penitenciária do Estado, José Olímpio. Segundo ele, 80% do narcotráfico da região metropolitana da capital é coordenado pela facção.

Além disso, somente neste ano, a unidade prisional foi palco de dois assassinatos praticados pelos próprios detentos com disparos de arma de fogo.

No dia 28 de julho, Antônio Maia dos Santos, o "Baianinho", antigo parceiro de José ValdetárioBenevides, o "Valdetário Carneiro", foi morto enquanto que no dia 24 de abril, a vítima foi o ex-policial militar Roberto Moura do Nascimento, o "Bebeto". Ambos foram mortos a tiros de revólver calibre 38.

Além das duas armas utilizadas nos homicídios, este ano ainda foram encontradas mais duas: um revólver calibre 38 e uma pistola .40, de uso exclusivo das Forças Armadas. A questão é: como estas armas entraram no presídio, que é guardado diariamente por 14 agentes penitenciários e 40 policiais militares? Valores entre R$ 500 e R$ 1.000 pagos à componentes do sistema prisional responderiam a questão.

"Infelizmente, o registro de corrupção entre os que deveriam tomar conta do presídio é muito grande", lamenta o coordenador da administração penitenciária, José Olímpio da Silva. Já o atual diretor da prisão de Alcaçuz, há pouco mais de uma semana no cargo, major PM Marcos Lisboa é mais contundente.

"Eu conheço o sistema por dentro e também sei que não tem como uma arma entrar flutuando no presídio. Entra porque um mau colega que compõe o sistema prisional se corrompe, é claro", aponta o major que há mais de oito anos serve em administrações de presídios do RN, já tendo sido vice-diretor de Alcaçuz, diretor do complexo penal João Chaves e do presídio de Parnamirim.


Fonte: DNonlne

Nenhum comentário:

Postar um comentário