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sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Polícia investiga indícios de assassinato na morte de criança

A Delegacia Geral da Polícia Civil começou a investigar a morte de Renato Renan Fortunato dos Santos, de um ano e seis meses. A criança morreu no dia 13 deste mês no Hospital Varela Santiago, aparentemente vítima de uma intoxicação. No entanto, após o resultado do laudo do Itep, surgiram indícios de que o menino teria sido vítima de maus tratados e espancado.

O garoto Renato Renan morava na Paraíba com a mãe, uma adolescente de 17 anos, e veio para o Rio Grande do Norte passar alguns dias com o pai Renato dos Santos Ferreira, de 23 anos, que mora em Parnamirim.

Ele teve um caso com a adolescente, no município de Alhandra (PB), e ela ficou grávida. A criança nasceu, mas cada um dos pais continuou morando em casas separadas. Renato dos Santos acabou casando com outra mulher em Parnamirim.

A criança chegou ao Rio Grande do Norte uma semana antes de morrer e foi ficar com o pai e a madrasta, Marineide Silva dos Santos, de 19 anos. No dia 12 (sábado), o menino foi levado ao hospital de Parnamirim apresentando quadro de intoxicação exógena, causada por o uso em excesso de medicamento. Renan, de acordo com a família, tomava gardenal.

Passado algum tempo, ele foi levado ao Hospital Infantil Varela Santiago. Chegando lá, os médicos constataram algumas escoriações e lesões no corpo da criança. No dia seguinte, o domingo (13), o menino teve o quadro de saúde agravado e acabou morrendo.

A diretora do Varela Santiago, Agda Trindade, conta que ao registrar o óbito, o hospital acrescentou a possibilidade de maus tratos e, com isso, foi feito um Boletim de Ocorrência, solicitando a necropsia no Instituto Técnico-Científico de Polícia. O resultado da autopsia ficou pronto e revelou detalhes que levantaram ainda mais as suspeitas de agressão.

A Declaração de Óbito, de número 15060561-9, registrada no Itep, indica como causa da morte anemia aguda e hemoperitônio (sangramento em cavidade abdonominal, comum em trauma com ruptura de baço). Além disso, os legistas observaram ruptura da raiz do mesentério, que é uma membrana que sustenta o intestino.

No entanto, o detalhe que chama mais atenção na Declaração de Óbito é a presença de uma “ação contundente”. De acordo com os peritos, isso ocorre quando a vítima tem o corpo jogado no chão ou quando algum objeto atinge a pessoa. Tal ação contundente pode ter causado a ruptura da raiz do mesentério.

“No diagnostico, já suspeitava de maus tratos e, por isso, solicitamos os exames no Itep”, conta a diretora do Varela Santiago. Agda Trindade informa ainda que logo após a morte, o serviço social do hospital comunicou ao conselho tutelar.

Com os indícios de maus tratos e de uma ação contundente, a Delegacia Geral da Polícia Civil encaminhou o caso para a Delegacia da Criança e do Adolescente. A partir desta sexta-feira (18), o caso será investigado pela delegada Adriana Shirley.


Fonte: Nominuto.com

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