Durante entrevista coletiva, os promotores do Patrimônio Público, responsáveis pela coordenação da Operação "QI", desencadeada na quinta-feira passada, 15, pelas polícias Militar, Rodoviária Federal e Ministério Público Estadual para investigar fraudes em concursos públicos promovidos pela empresa Concsel e Soluções, ambas com sede em Natal, revelaram os nomes dos sete presos durante a operação.
Em Natal, foi preso o pernambucano socioproprietário da Concsel, Antônio Laurentino Ramos Neto; Jesielli Paiva Ramos, filha de Antônio; Francisco Carlos Gomes de Oliveira e José Isaias da Silva, todos funcionários da empresa Concsel.
Em Mossoró, a polícia prendeu Isabele Cristina Gomes Martins, secretária Municipal de Saúde de Severiano Melo. Já em Martins, o primeiro a ser preso foi o presidente da Câmara Municipal da cidade, o vereador Fulgêncio Teixeira Neto. Em Parnamirim, Josielli Paiva Ramos e seu marido Sílvio Enéas Figueiredo foram presos por posse ilegal de arma de fogo. Policiais militares cumpriam mandado de busca e apreensão quando encontraram uma arma em na casa do casal.
Fulgêncio é acusado de intermediar uma fraude no concurso público ocorrido em Martins, em outubro de 2010. Isabele é acusada de intermediar a fraude na aprovação de dois candidatos em agosto deste ano.
De acordo com o MP, os sócios da Concsel atuavam em parceria ilícita com prefeitos e secretários de municípios do Rio Grande do Norte que encomendavam o concurso para admitir candidatos através do pagamento de propinas e concessão de outros favores. A empresa Concsel realizou 14 concursos públicos, sendo 13 em municípios do Estado do Rio Grande do Norte e um na Paraíba.
As empresas envolvidas fazem parte do Grupo Laurentino Ramos e são acusadas de fraude em licitações, corrupção passiva e tráfico de influência. O Ministério Público agora vai oferecer denúncia sobre os delitos investigados.
A Operação QI, uma referência ao "Quoeficiente de Inteligência", resultou em sete prisões e nove mandados de busca e apreensão. O juiz de Direito da Comarca de Martins autorizou originalmente, quatro prisões. Mas, durante a operação em Natal, mais três pessoas foram presas em flagrante, totalizando sete. Dezenove promotores de Justiça e 120 policiais cumpriram as ordens judiciais que prenderam cinco pessoas em Natal, uma Mossoró e outra em Martins.
Fonte: Gazeta do Oeste
sábado, 17 de dezembro de 2011
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