Na próxima quinta-feira, dia 24, Osvaldo Pereira de Aguiar entra no Tribunal do Júri do Fórum Desembargador Miguel Seabra Fagundes para ser julgado. O juri popular, formado por sete pessoas, irá dizer se ele é culpado ou inocente no caso em que menina Maisla Mariano dos Santos, de 11 anos, foi a vítima. O ambulante terá que se desvencilhar das acusações de homicídio duplamente qualificado, atentado violento ao pudor e ocultação de cadáver, para poder ser absolvido. A tarefa não é fácil já que o crime teve grande repercussão e ele se mantém como o único suspeito de assassinar uma criança em um episódio acompanhado passo a passo por diversos setores da sociedade, que clamam por justiça.
Osvaldo Pereira de Aguiar já responde por outros três crimes e mesmo absolvido pode ficar presoDesde 12 de maio de 2009, a investigação do caso foi repleta de polêmica, erros, encontros e desencontros. Enquanto a promotoria apostará na emoção, nos antecedentes criminais e nas testemunhas, a defesa baseia sua tese nos erros da perícia e na fragilidade das provas técnicas. O responsável pela acusação, promotor José Hindemburgo, e o responsável pela defesa, o advogado Marcus Alânio, já se enfrentaram em júris e trocam farpas antes do encontro desta semana.
Para a promotoria, Alânio não consegue ser bem-sucedido ao esquecer o crime e se ater às falhas do processo. Para a defesa, as autoridades policiais que realizaram o inquérito deveriam admitir a incompetência e diz que não entrará em um jogo de cartas marcadas, com a opinião pública manipulada pela imprensa. Com ampla experiência no que fazem, ambos testarão o poder de convencimento frente ao júri. Passarão também pelo crivo da juíza Karyne Chagas de Mendonça Brandão, titular da 2ª Vara Criminal, que presidirá o julgamento.
Fonte: Tribuna do Norte
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