PM vai à Justiça contra universidade

O tenente da Polícia Militar Márcio Marlon Soares de Lima, envolvido em uma confusão com um porteiro da Faculdade Estácio de Sá (ex-Câmara Cascudo) na noite do dia 17, pretende acionar na Justiça a instituição de ensino, além da empresa de vigilância e o funcionário. O oficial da PM/RN afirma não ter iniciado a confusão e que os policiais acionados por ele através do 190 utilizaram-se da força para conter Magno Bezerra da Silva porque o rapaz resistiu à solicitação de seguir com a guarnição até a delegacia de plantão. Na noite do episódio, o tenente e a esposa — estavam em um carro com três crianças — deixavam o prédio da faculdade na contramão, por onde apenas deveriam entrar veículos. “Ele [o porteiro] até foi educado na primeira abordagem à minha esposa, que estava dirigindo e eu no banco de trás com as crianças. Mas depois gritou com ela. Fiquei nervoso e saí do carro para orientar os motoristas que já se aglomeravam enquanto ela tentava manobrar”, afirmou Márcio Lima. Na versão do policial, a partir daí o porteiro o teria chingado. Ambos trocaram ofensas. “E quando menos esperei, ele [Magno] partiu em minha direção e me surpreendeu com um soco. Quando íamos chegar às vias de fato, as pessoas intercederam”, relatou o oficial.

Com a chegada da guarnição, o porteiro teria sido chamado a acompanhá-los até a delegacia de plantão. Magno da Silva teria sugerido aos policiais que precisa pegar medicamentos em seu armário, situação que os policiais não aceitaram. Na versão do tenente Márcio, o porteiro teria corrido em direção à área interna do prédio, quando foi contido. “Não encostei sequer a mão nele e fomos à delegacia. Tanto ele quanto eu fizemos exame de corpo de delito. O próprio advogado dele disse que as lesões no rapaz foram da tentativa de dominá-lo. Fui vítima. Estava com minha família”.


Fonte: Tribuna do Norte