A onda de explosões a caixas eletrônicos no Rio Grande do Norte tem reflexo direto na suspensão do serviço dos “cash”, em postos de gasolina da capital. Por medo, donos de postos e de lojas de conveniência estão solicitando, junto aos bancos, a desativação do serviço. Entre o dia 1º e 22 de março, três terminais eletrônicos foram explodidos na Grande Natal, nos postos da Rui Barbosa, em Morro Branco, no shopping Ayrton Senna, em Nova Parnamirim, e na conveniência do posto Shell, em Cidade Satélite, respectivamente.
Funcionários de uma loja de conveniência em posto da Prudente de Morais - que não quiseram se identificar - afirmam que medo de assaltos e explosões fizeram com que o proprietário do comércio decidisse por fechar o caixa eletrônico que há anos estava no local atendendo os clientesA Tribuna do Norte percorreu alguns postos da cidade e confirmou o receio de empresários e usuários do serviço. No Posto BR Neópolis, na BR-101, uma faixa informa “Caixa eletrônico desativado”. “O motivo é medo mesmo. A cidade está entregue às baratas e cada um deve se precaver como pode”, disse Egna Cristiane Régis Costa de Macedo, gerente da loja de Conveniência BR Mania. N a loja, o visor do caixa eletrônico sustenta o cartaz “Caixa Inativo”, desde a última quarta-feira (23). O fluxo de pessoas que davam preferência ao posto por conta do serviço bancário era alto. “É melhor perder no movimento que a loja inteira. O banco não se responsabiliza por danos à loja e às pessoas”, afirmou. O comunicado foi feito à instituição financeira, mas não há data para remoção do equipamento.
“Apesar de ser mais incômodo buscar outras agência, a segurança está em primeiro plano”, concorda o funcionário público Alexandre Augustus Farias.
Em um posto de combustível localizado na avenida Prudente de Moares, uma lona preta isola o equipamento também desativado esta semana. Funcionários que preferiram não se identificar comentaram o receio da violência. “Muitos clientes vem para usar e perguntam se é culpa das explosões. Todos tem medo”, disse o funcionário.
No Posto Integração, na avenida da Integração, o gerente Maxwell Flor de Oliveira desistiu de instalar o equipamento A solicitação junto a operadora está em fase de estudo de segurança. “Hoje ter um caixa é sinônimo de risco. Ao tempo que atrai clientela, também atrai o bandido. Há alguns anos, o alvo eram os cofres”, observa Maxwell.
A assessoria de imprensa da Caixa Econômica Federal informou não haver registros de pedidos de desativação. Ao contrário, há demanda requerendo instalações dos equipamentos. A assessoria de imprensa do Banco Bradesco, em São Paulo, enfatizou não fornecer dados de relacionamentos com clientes. O Banco do Brasil no RN realizará um levantamento para saber se houve ou não desativação de terminais. As informações deverão ser repassadas hoje.
Fonte: Tribuna do Norte
sábado, 26 de março de 2011
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