Mais um crime violento ocorreu na noite da segunda-feira passada no Presído Estadual de Alcaçuz, em Nísia Floresta. O detento Francisco Edmilson Dias da Silva, natural de Mossoró, foi morto a facadas. A vítima cumpria pena por homicídios e assaltos e chegou a passar um ano e meio recluso no Presídio Federal de Mossoró, por ter matado companheiros de celas e espancado alguns outros.
A autoria do crime foi assumida por Edno Pereira do Nascimento, que ocupa uma das celas do Pavilhão I de Alcaçuz. De acordo com informações do diretor do presídio, Wellington Marques, Edno desferiu cerca de 40 cutiladas no corpo de Francisco Edmilson. Somente nas costas, o diretor contou cerca de 34 perfurações. Edmilson era conhecido como Mensalão por cobrar propina dos presidiários para cometer crimes ou não dedurá-los à direção.
“No momento em que os agentes faziam a contagem dos presos no retorno às celas, sentiu-se falta do Mensalão. Quando vasculhamos o presídio, encontramos o corpo no fundo da quadra”, relatou Marques. O diretor acredita que Edno tenha sido o “caneteiro” neste crime devido ao seu porte físico. “O Edno é franzino em relação ao Edmilson que era alto e forte. Acredito que outro presidiário ou outros presidiários tenham feito isso”, argumenta Wellington.
Caneteiro, na linguagem dos presidiários, é uma pessoa que assume a autoria de um crime no lugar do seu verdadeiro autor. Os motivos são diversos: hierarquia das celas, dívida dentro do presídio ou até mesmo medo de ser morto.
Fonte: Tribuna do Norte
quarta-feira, 9 de março de 2011
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