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quinta-feira, 2 de junho de 2011

Delegado sobre agente de trânsito morto: "Era honesto demais"

Era honesto demais. Esse foi, possivelmente, o veredicto dado ao agente de trânsito de Parnamirim Kleidnes Varela do Nascimento, 43 anos, por seus algozes, que o executaram a tiros na última sexta-feira. A tese é do delegado Roberto Andrade, da Delegacia de Homicídios (Dehom). Segundo ele, a polícia trabalha com três hipóteses para a motivação do crime: a denúncia feita pela vítima sobre um esquema de corrupção no Detran do Estado no ano de 2001; rixas internas dentro do setor que trabalhava, por não aceitar desvios de conduta dos demais colegas de serviço; e uma multa que ele aplicara, momentos antes do assassinato, a um condutor que o teria ameaçado por causa disso.

Kleidnes Varela foi assassinado na avenida Abel Cabral, no bairro de Nova Parnamirim, por volta das 17h. Segundo a polícia, três homens estavam em um veículo Celta prata e o condutor parou próximo a um supermercado, iniciando a discussão com o agente de trânsito em trabalho. Após discutir, o suspeito sacou um revólver e efetuou três disparos contra a vítima, fugindo em seguida.

O delegado afirma que as três linhas de investigação levantadas até agora são fortes. "Por enquanto não posso descartar nenhuma delas". Segundo Roberto Andrade, Kleidnes Varela era conhecido por sua honestidade e pela intolerância com aquilo que considerava errado, o que pode ter gerado alguma antipatia por parte de pessoas quem estava ao seu redor.

Por causa dessa postura, o agente de trânsito denunciou um esquema de corrupção dentro do Detran/RN no início da década passada. "Ainda não estou por dentro do que foi essa denúncia. Mas a esposa dele, logo após o assassinato, nos revelou que o agente teria recebido várias ligações anônimas ultimamente, fazendo ameaças por causa disso", afirma o delegado. Roberto Andrade diz ainda que havia uma rixa interna dentro do setor de trânsito de Parnamirim, no qual trabalhava Kleidnes Varela, pelo fato dele fazer críticas e denunciar desvios de conduta de colegas. "Ele era bastante hostilizado por isso".

Ainda de acordo com o responsável pelas investigações do crime, na tarde em que ocorreu o assassinato, por volta das 15h, Kleidnes Varela aplicou uma multa a um condutor ainda não identificado, que não se agradou disso e o ameaçou. "Ele teria dito que o agente não sabia com quem estava falando e que aquilo não ficaria assim". Tal declaração teria sido testemunhada por um colega de trabalho do agente, que a relatou à polícia logo após a execução.

Para o delegado, a principal dificuldade das investigações está sendo a greve da Polícia Civil. "Estamos deixando de fazer algumas diligências por causa disso". Ele pede que a população ajude, caso saiba de algo, ligando para o disque denúncia: 0800 84-2999.


Fonte: DNonline

2 comentários:

  1. a mulher que vivia com ele a luciana o traiu com um perito do detran em 2002.e sabe de todo o esquema de corrupção pois estava envolvida em 2002

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  2. Isto é fruto da "fábrica de multas" que existe no Brasil, e principalmente em Salvador/BA, onde multa-se por nada para encher o cofre das Prefeituras, que por sua vez pagam por produtividade de multas aos agente, o qie é ilegal. Com certeza, da forma que se "rouba" o motorista trabalhador, certamente este crime não será o último a acontecer.

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