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sexta-feira, 30 de março de 2012

Acusação espera que Ubarana confirme esquema revelado em diário

A maior expectativa para a audiência de hoje (30) no Fórum Miguel Seabra Fagundes, no caso dos precatórios do TJ é que Carla confirme e cite detalhes do suposto esquema de desvio dos recursos dos precatórios, já revelados ao Ministério Público. Em seu diário – escrito enquanto esteve presa - Carla cita vários desembargadores do TJ, em alguns casos, citando detalhes da participação deles no suposto esquema.

Ela afirma que o desembargador Osvaldo Cruz assinava cheques, depositados na conta dos “laranjas”, sacado e depois dividido. Já o desembargador Rafael Godeiro, ela diz que ele sabia como funcionava o esquema e recebia o dinheiro em mãos.

Nos "diários", Carla Ubarana faz muitas anotações sobre a desembargadora Judite Nunes, atual presidente do TJ, e faz críticas quanto a negligência, mas afirma que ela não foi desonesta. "Houve omissão de Judite nas guias que ela mandava assinar em branco p/ "quando" fosse necessário".

A empresa Gles Empreendimentos, do marido dela, é citada como responsável pela operacionalização dos desvios. A Gles comprava os precatórios antes da data do vencimento, sob argumentos de acelerar o processo do recebimento do benefício, a valores bem abaixo do real, e poucos meses depois era reembolsada pelo investimento.

Além das "compras" antecipadas de precatórios, o esquema também funcionava com outros tipos de fraudes. Segundo Carla alguns juízes e advogados do interior, que ela não cita nomes, mandavam o mesmo precatório duas ou três vezes para pagamento. Ela também revela a quebra na ordem de pagamentos dos precatórios, fixada em uma lista única pela Justiça do Trabalho e pela Justiça Federal.

Ubarana admite ter ficado com 20% a 30% do valor desviado e dividido o resto com os outros participantes do esquema. Ela e o marido, George Leal, confessam terem embolsado cerca de R$ 6 milhões, de um total de até 30 milhões de reais desviados. Valor ainda contestado pelo MP.


Fonte: Nominuto.com

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