Secretaria aponta 881 homicídios e contesta Coedhuci

Em nota divulgada ontem, a Sesed rebateu as informações divulgadas pela imprensa que apontavam o número de mil homicídios no Rio Grande do Norte. Conforme dados elaborados pelo Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp) e Instituto Técnico e Científico de Polícia (Itep), a Sesed informou que, até o dia 9 de julho, foram registradas 903 mortes violentas em território potiguar.

A assessoria de imprensa da secretaria informou ainda que os crimes violentos estão subdivididos em: homicídio, latrocínio, lesão corporal seguida de morte e confronto com a polícia. Neste último caso, o Código Penal Brasileiro aponta: “Art. 23 – Não há crime quando o agente pratica o fato: III – em estrito cumprimento do dever legal ou no exercício regular de direito”. Sendo assim, no período de 1º de janeiro a 9 de julho deste ano, deverão ser contabilizados 881 homicídios, uma vez que 22 dos casos computados a vítima morreu em confronto com a polícia, segundo os mesmos dados do Ciosp.
A distribuição do número de ocorrências registradas pelo Itep, no mesmo período, foi de 688 para homicídio doloso, 170 para lesão corporal seguida de morte, 23 roubo seguido de morte (latrocínio) e 22 mortes de confrontos com a polícia. A Sesed destaca ainda que os casos de morte apontados pelo Itep como “a esclarecer” têm sido computados dentro do número total de mortes, “o que leva a uma leitura incorreta dos dados”.

Para a Secretaria, a análise do cenário nacional e regional revela que o Rio Grande do Norte apresenta uma taxa de homicídios menor do que em estados limítrofes. No RN são 34,7 homicídios para cada 100 mil habitantes, enquanto que no Pernambuco (37,1), Paraíba (40,1) e Ceará (44,6), a incidência de mortes violentas é maior.

No Brasil, essa taxa fica em 25,2 para cada 100 mil habitantes. Além disso, mesmo com um aumento nos homicídios em Natal, as cidades de Fortaleza, com índice de 72,8, e João Pessoa, com 66,9, estão classificadas entre as 10 cidades mais violentas do mundo, na 7ª e 9ª posições respectivamente, com Natal aparecendo na 12ª colocação, com taxa de 57,6.

Fonte: Tribuna do Norte