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terça-feira, 29 de julho de 2014

PM que parou o trânsito está internado e será investigado

O Comando da PM-RN instaurou inquérito para investigar o episódio onde um policial militar ateou fogo em três motocicletas e atentou contra a própria vida na tarde do último domingo, dia 27. O soldado está internado no Hospital João Machado e vai responder processo administrativo por ter danificado patrimônio público. O prejuízo é de aproximadamente R$ 90 mil.

De acordo com policiais ouvidos pela reportagem, o soldado chegou ao batalhão da Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas (Rocam), no bairro de Lagoa Nova, por volta do meio-dia. O policial é da turma de 2000 e servia na Rocam desde então. O ano, aliás, coincide com a data de implantação da Rocam e, no domingo, o batalhão estava completando 14 anos de existência.

Não se sabe quantos policiais estavam no local. Testemunhas contaram que o soldado foi ao dormitório do batalhão, pegou dois colchões e um litro de álcool. Nesse momento, alguns policiais que estavam de plantão tentaram conter o soldado, mas não foi possível. Enquanto os homens procuravam uma arma taser (não letal que dispara choques), o soldado ateou fogo nas três motocicletas da marca BMW. Os veículos foram entregues à Polícia há menos de um mês e custa, cada uma, aproximadamente R$ 30 mil.

Armado com uma faca, o soldado fugiu do batalhão e seguiu para a passarela na avenida Salgado Filho onde ficou por aproximadamente três horas ameaçando cometer suicídio. O Corpo de Bombeiros, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e equipes da Polícia Militar foram ao local. Policiais da própria Rocam conversaram com o soldado e o convenceram a descer da passarela.

O homem foi levado para o hospital onde segue internado. De acordo com o comandante da PM-RN, coronel Francisco Araújo, o inquérito para apurar o caso foi aberto ontem, dia 28. “Teremos 40 dias para investigar o caso e saber se o soldado será culpado ou não pelo incidente e pelo dano ao patrimônio público”, disse.

Policiais ouvidos pela reportagem informaram que o soldado estava com raiva devido a um ato de remoção divulgado na última sexta-feira, dia 25. O policial estava na Rocam, mas não fazia patrulha de rua há alguns anos devido a problemas de saúde. “Ele fazia serviço de ASG no quartel e foi surpreendido com a remoção para outro local. Não avisaram nada. Ele foi pego de surpresa”, disse um PM. Coronel Araújo explicou que o soldado foi deslocado para o Comando de Guarda, responsável pela segurança em hospitais e outros prédios públicos.

Outro PM ouvido pela reportagem disse que o clima na Rocam é de tensão. “O comandante não deveria ter feito isso sem avisar. O soldado era um bom policial e merecia ser comunicado antes”, contou. O comandante da Rocam, major Raimundo Florêncio da Silva Júnior, não quis falar com a reportagem nem autorizou a equipe da TRIBUNA DO NORTE a fazer imagens das motos incendiadas.


Fonte: Tribuna do Norte

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