Mesmo tendo sido inocentado da acusação de homicídio, o ex-policial militar, João Maria da Costa Peixoto, mais conhecido como João Grandão permanecerá preso, No pavilhão cinco da Penitenciária Estadual de Alcaçuz. João Grandão foi julgado e absolvido, nessa quinta-feira (10) da acusação de ter matado um homem identificado como José Cremildo, crime ocorrido no bairro do Bom Pastor, zona Oeste de Natal, no ano de 2008.
De acordo com o advogado Marcus Alânio, que está a frente da defesa do ex-PM, João Grandão havia sido condenado por outros três homicídios, dois dos quais ele assume a autoria, alegando ter agido em legítima defesa. Segundo o advogado, quando foi preso pelo homicídio de Cremildo em 2008, o ex-PM já cumpria pena no regime de livramento condicional. Como foi imputado a ele autoria de um novo crime, a justiça regrediu sua pena, novamente, para o regime fechado.
A defesa do ex-PM diz ainda que vai buscar agora a liberdade do condenado, já que cumpriu cinco anos de prisão, aguardando julgamento de um crime pelo qual foi inocentado. “Vamos pedir a progressão da pena para o regime de livramento condicional, condição em que estava, quando foi preso em 2008”, declarou.
O julgamento de João Maria da Costa Peixoto aconteceu nessa quinta-feira (10), no Fórum Miguel Seabra Fagundes. A sentença foi lida pela juíza Eliana Alves Marinho, titular da 1ª Vara Criminal de Natal.
João Grandão chegou a ser apontado pelo Ministério Público como sendo o líder de um suposto grupo de extermínio. No ano de 2005, ele e mais 13 policiais foram presos sob suspeita serem responsáveis pela execução de pelo menos 26 pessoas na Grande Natal.
De acordo com o Ministério Público, o crome foi motivado por vingança. Cremildo teria participado de um atentado a João Grandão, ocorrido em setembro daquele mesmo ano. João saia de casa, no bairro de Neópolis, quando foi cercado por cinco homens em um carro que dispararam 30 tiros contra ele. João Grandão foi atingido por 5, mas sobreviveu.
Fonte: Portal no Ar
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