Representantes do Sindicato dos Policiais Civis e Servidores da Segurança Pública (Sinpol/RN) foram impedidos de participar de uma reunião na Secretaria de Segurança Pública do RN (Sesed), que discute a jornada de trabalho no Instituto Técnico-Científico de Polícia (Itep). A denúncia partiu do presidente do Sinpol, Djair Oliveira.
De acordo com Djair, a proposta do governo é de que os servidores cumpram uma jornada extra de trabalho e os pagamentos referentes a essas horas seriam feitos posteriormente em uma escala de agendamento. “Os servidores não estão se negando a trabalhar querem apenas receber a remuneração devida”, disse.
Entenda
De acordo com o sindicato, o governo adotou mais uma medida prejudicial, não apenas aos servidores, mas principalmente à população do Estado. Com o pequeno efetivo técnico-especializado e com a adoção de apenas sete plantões de 24 horas por servidor, vários setores ficarão sem atendimento durante vários dias de cada mês, a partir deste mês de dezembro.
A suspensão de alguns serviços inadiáveis prejudica sobremaneira a solução de crimes graves. Estão deixando de ser feitos, por até 10 dias do mês, exames de conjunção carnal (ligados aos crimes sexuais) corpo de delito e flagrantes de entorpecentes. Com isso, bandidos não poderão permanecer presos, por falta da constatação do crime.
As necrópsias também estão prejudicadas. Em dezembro são seis dias sem a realização dos exames e sem liberação dos corpos. Já o serviço de recolhimento de cadáver em local de crime, em Natal, ficará três dias totalmente parado. E o serviço de limpeza e desinfecção do necrotério do ITEP, na Ribeira, terá 24 dias em dezembro com as atividades suspensas, aumentando assim o já alto grau de insalubridade do local. O problema não afeta só o ITEP em Natal, mas se estende a Mossoró e Caicó.
Fonte: Portal no Ar
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