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terça-feira, 25 de setembro de 2012

Presidente do TRE relata como foi arrastão feito em sua residência


“Osvaldo veio me fazer uma visita, e quando foi de 7h30 pras 8h eu deixei ele [desembargador Osvaldo Cruz] no carro e observei que vinham duas pessoas, dois homens caminhando pela calçada. Eu até disse a ele ‘Osvaldo ande um pouquinho mais rápido para entrar no seu carro que eu vou entrar em casa’. Daí quando eu estou entrando em casa e fecho a porta, os dois homens já vinham com ele com uma arma na cabeça e quando eu fechei a porta ele [o assaltante] disse ‘abra a porta se não eu atiro no seu amigo”, contou o desembargador e presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE/RN), João Rebouças, sobre a abordagem de assaltantes em arrastão a sua residência, no bairro Capim Macio, Zona Sul de Natal, na manhã dessa segunda-feira (24). Rebouças contou ao DN Online detalhes de como conteceu o arrastão, o segundo em sua casa. O caso está sendo investigado pela Divisão Especializada de Investigação e Combate ao Crime Organizado (Deicor).



“Ele levou o relógio dele [Osvaldo], a corrente que ele tinha, levou a minha aliança, eu tinha R$ 10 ou R$ 12 mil lá em casa e eu dei para ele em dinheiro, depois ele disse que não queria só o dinheiro, queria jóias. Hoje nós vimos que ele levou uma caixa de relógios da minha mulher com doze relógios, que a gente não tinha sentido falta. Levou três relógios meus, levou todos os perfumes, levou os brincos de minha filha, todos os perfumes do meu filho e dois relógios também, depois passou na adega e levou seis garrafas de vinho”.

Mas apesar de terem levado objetos de praticamente todos os cômodos da casa, o presidente relata que não houve agressão física. No momento do crime, estavam presentes na residência ele, sua esposa e o desembargador Osvaldo Cruz. “Eles não mexeram com ninguém, eram quatro homens, todos bem armados, bem parecidos. Nós ficamos todo mundo sempre andando juntos. Fui para o meu quarto dar um dinheiro para eles, porque um disse ‘você tem dinheiro?’ eu disse ‘tenho’, então ele me disse ‘então me dê o dinheiro que a gente vai embora’. Só que quando eu dei ele disse ‘agora eu quero as jóias’. Ele levou umas 30 camisetas minhas, camisetas simples, de gola normal, que eu uso para caminhar. Estavam todas arrumadas e eles colocaram numa bolsa e levaram junto com um par de tênis. Perguntaram se eu tinha arma, eu disse que não, e realmente não tenho, e eles foram embora”.

Sobre a investigação do crime, João Rebouças contou que uma equipe da Deicor e do ITEP estavam até a manhã de hoje realizando uma perícia em sua casa. Pelo menos dois dos quatro homens que praticaram o crime foram identificados até o momento.  “A Polícia Civil esteve lá, com a dra. Sheila, mostrou alguns retratos e tanto eu, quanto a minha mulher e o desembargador Osvaldo identificamos dois dos que estavam lá em casa. Parece que é uma quadrilha que está fazendo esse tipo de coisa ali em Capim Macio e Ponta Negra. Algumas pessoas que foram assaltadas ultimamente aqui por perto, e a gente não sabia, compareceram e todo mundo disse ‘é esse, foi esse!”. 

A polícia chegou a afirmar que a quadrilha fugiu em um veículo Corola, mas o desembargador explica que o veículo era usado pelo seu motorista pessoal do TRE. “O Corola é do meu motorista, do carro aqui do tribunal. Eles [os bandidos] estavam em um Clio cinza, que é o carro que também duas pessoas que moram lá próximo de casa que estiveram com a gente disseram ‘também foi um Clio cinza que veio lá em casa’. Foi essa mesma pessoa, essa mesma forma, esse mesmo jeito”.
 
Segurança Pública

Questionado sobre se sentir ameaçado como morador do bairro Capim Macio, ele afirma: “eu estou preocupado com a segurança, porque há três anos atrás eu fui assaltado da mesma forma, na mesma residência. A gente tem esses vacilos, abre o portão, fica na calçada, você se expõe um pouco, se agente tiver mais cuidado, acho isso também evita. Mas o brasileiro sempre acredita que isso nunca vai acontecer com ele, vai acontecer com todo mundo menos com você”. 

O desembargador conta que já foi questionado por colegas sobre a falta de estrutura policial em sua casa, mas gosta de se sentir como um cidadão normal. “O pessoal que vai na minha casa pergunta, mas eu digo que eu encaro a vida com realidade, eu sei que eu sou um cidadão que posso me submeter as regras da convivência humana, principalmente num estado de insegurança que é este que estamos vivendo”. 

João Rebouças conta ainda que recebeu o apoio dos representantes da segurança pública, mas que o sentimento de insegurança ainda prevalece. “Os órgãos de segurança tem feito o possível pela população, compareceram na minha residência, quase que imediatamente, tanto a Polícia Civil quanto a Polícia Militar. O delegado geral me ligou, o secretário de segurança me ligou, a dr. Sheila esteve na minha casa, a gente sabe que há um esforço grande, mas o sentimento ainda é de uma intranquilidade muito grande”.


Fonte: DNonline
 

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