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sexta-feira, 6 de julho de 2012

Quadrilha especializada em furto de estepes é denunciada

O Ministério Público estadual ofereceu denúncia contra pessoas supostamente envolvidas em furto e receptação de estepes e aparelhos de som automotivos em Natal. Após seis meses de investigações e mais de dois anos após a deflagração da "Operação Mão na Roda", 18 pessoas foram denunciadas pelo MP nesta quinta-feira (5). Entre os denunciados está um policial civil. Adriano AbreuPresos desde 2010, bandidos agiam na Região Metropolitana No dia 1º de julho de 2010, a Polícia Civil comandou a operação que resultou na prisão de 20 pessoas. De acordo com as investigações, uma quadrilha especializada em roubo de estepes e aparelhos de som estava em atuação em Natal e Região Metropolitana desde 2009, tendo como alvos principais veículos utilizados por turistas. Durante a investigação, foram realizadas interceptações telefônicas em telefones celulares roubados pelo bando, que foi a forma como a polícia começou a identificar a quadrilha. A partir das interceptações e das subsequentes medidas sigilosas realizadas nas linhas telefônicas dos investigados, foi constatado que os furtos em questão não se tratavam de atos isolados. Os delitos eram praticados por membros de uma organização criminosa composta por arrombadores e receptadores, que planejavam os furtos. Enquanto os arrombadores recolhiam os estepes e aparelhos de som automotivos, os receptadores adquiriam o material por valor bem abaixo ao de mercado. Em seguida, os receptadores procuravam comerciantes conhecidos ou outros interessados em adquirir os produtos receptados. Durante os seis meses de investigação, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em 29 locais e 20 pessoas tiveram a prisão preventiva decretada, o que possibilitou a recuperação de parte dos bens roubados e também de armas de fogo. No cumprimento dos mandados, a polícia também identificou que o dinheiro conseguido através do comércio ilegal seria utilizado para o financiamento do tráfico de drogas. Entre os denunciados pelo MP está, até, um policial civil que, de acordo com a denúncia do MP, possui relação estreita com um dos denunciados. Segundo o MP, em pelo menos uma oportunidade, o policial teria recebido dinheiro com o fim de impedir o prosseguimento das investigações. O policial supostamente usaria o dinheiro para "ressarcir" outro policial civil que teria sido vítima da quadrilha. Por ser um processo que envolveu dezenas de pessoas e havia vários volumes a serem analisados, o Ministério Público precisou de dois anos para oferecer a denúncia. O juiz de Execuções Penais, Henrique Baltazar, criticou a situação. "Operação Mão na Roda completou dois anos sem o oferecimento de denúncia contra mais de 20 presos, mas não mereceu uma linha na imprensa", postou em seu Twitter pessoal. A denúncia do MP, na verdade, seria contra 19 pessoas, mas um dos supostos envolvidos faleceu em 2010. Agora, a Justiça vai analisar se recebe a denúncia e, caso concorde com o posicionamento do MP, os denunciados podem ser condenados por receptação e furto qualificados, além de formação de quadrilha. Fonte: Tribuna do Norte

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