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terça-feira, 17 de julho de 2012

Polícia Federal incinera uma tonelada de drogas apreendidas

A Superintendência da Polícia Federal no Rio Grande do Norte conduziu a incineração de mais de uma tonelada de entorpecentes. A queima das substâncias ocorreu durante a manhã desta terça-feira (17) no alto-forno de uma empresa de tratamento de resíduos situada em São Gonçalo do Amarante - Região Metropolitana de Natal. Em meio a quantidades de maconha, cocaína e ecstasy, essa foi a incineração mais significativa dos últimos quatro anos, representando mais do que o dobro da quantidade do ano passado. Os entorpecentes destruídos são relativos a apreensões realizadas na Grande Natal entre os anos de 2010 e 2012, e que obtiveram autorização judicial para incineração. Maconha é predominante no montante, representando 953 quilos do montantes de 1,1 tonelada. 144 quilos de cocaína e outros seis quilos de ecstasy também foram queimados. Para o superintendente da PF no Rio Grande do Norte, Marcelo Mosele, a prática do tráfico de drogas se molda de acordo com a intensificação do combate. "Com o aumento da fiscalização no aeroporto, hoje o tráfico foi obrigado a migrar e ser realizado através de estradas. Mas isso é um ciclo e o mundo do crime não tem lógica", disse em entrevista a TRIBUNA DO NORTE no local da incineração. Ele ressaltou que a Polícia Federal realiza trabalhos de inteligência e, por isso, é a polícia que mais apreende drogas no Brasil. "Não temos efetivo para atuar em bocas de fumo. Nosso trabalho é voltado para grandes traficantes e temos conseguidos resultados de sucesso também por nossa capilaridade no território nacional", afirmou Mosele. O superintendente preferiu não revelar os valores da quantidade de droga apreendida por entender que isso poderia incentivar o trabalhador comum a se voltar ao mundo criminoso. DNA da droga A Polícia Federal conduz investigações após apreensões de drogas com intuito de saber a origem do entorpecente e como chegou ao local em que foram flagradas. Para isso, desenvolve o projeto Pequi (Perfil Químico) e compara com outras apreensões realizadas no território brasileiro.A partir do grau de pureza das substâncias utilizadas na produção, é possível conhecer perfis similares. Esse cruzamento de dados permite que os investigadores formem as rotas de tráfico e, dessa forma, se combate de forma mais intensificada. "Não trabalhamos com o fator sorte. Trabalhamos com a inteligência", reafirmou Marcelo Mosele. Esse estudo permite que a PF afirme que a maior parte da droga que chega ao Rio Grande do Norte vem prioritariamente da Bolívia, e em proporções menores da Colômbia e do Peru. "Natal é um ponto estratégico para o tráfico internacional. Mas também é rota no tráfico interestadual. Parte das drogas ficam aqui para consumo", esclareceu o delegado de repressão às drogas, Christian Gomes. Produzidos no exterior, os entorpecentes têm como principal via de entrada os estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, de acordo com informações da PF. A partir daí, seguem rotas para os estados do Nordeste. O ano passado representou um recorde de apreensões, quando foram flagrados e apreendidos 1266 quilos, entre maconha, cocaína, crack, haxixe e ecstasy. Dados - Apreensões: 2012 - 163 quilos (Maconha 9,9 kg - Crack 129,7 - Cocaína 23,8) 2011 - 1.266 quilos (Maconha 871 kg - Cocaína 105,3 - Crack 255,7 - Haxixe 1,7 - Ecstasy 6,2) 2010 - 393,5 quilos (Maconha 199,8 kg - Crack 185,9 - Cocaína 7,7) 2009 - 593,3 quilos (Maconha 494 kg - Crack 26,5 - Pasta-base 6,2 - Piperazinas 6,6 - Cocaína 62,8) Incinerações: 2012 - 1,104 quilos 2011 - 445 quilos 2010 - 635 quilos 2009 - 394 quilos Fonte: Tribuna do Norte

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