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sexta-feira, 11 de maio de 2012

Colegas de F. Gomes seriam envenenados

A revelação feita pela delegada titular da Divisão Especial de Combate ao Crime Organizado (DEICOR), Sheila Freitas, de que todos os colegas de trabalho do jornalista F. Gomes também seriam mortos, pegou todos na cidade de Caicó-RN de surpresa. A informação foi repassada à imprensa durante coletiva na manhã de terça-feira, no Fórum de Caicó. Segundo a delegada, a investigação descobriu que o plano do grupo envolvido na morte do jornalista pretendia envenenar todos que trabalhavam na Rádio Caicó AM. Segundo o que foi revelado pela delegada Sheila Freitas, antes do crime, os envolvidos planejaram encomendar uma cesta de café da manhã, e envenenar os bolos, biscoitos, sucos e os demais produtos, depois encaminhar para a rádio, dizendo que era oferta de um dos anunciantes da emissora para os funcionários. O plano só não foi posto em prática porque a esposa de Laison Lopes, "Gordo da Rodoviária", também trabalhava na rádio e seria uma das vítimas. Essa revelação deixou os colegas de trabalho de F. Gomes chocados. "Até a delegada fazer essa revelação aqui na rádio ninguém tinha conhecimento dessa informação. Ficamos todos surpresos, não só aqui na rádio, mas toda a população de Caicó foi pega de surpresa". A declaração é do diretor de programação da Rádio Caicó AM, Marcos Dantas. Segundo Marcos, apesar da revelação bombástica, não houve pânico, e todos os profissionais se mantêm tranquilos. "Ficamos chocados sim, mas a programação da rádio transcorre dentro da normalidade", acrescentou. JUSTIÇA — Marcos Dantas se referiu ao resultado do trabalho desenvolvido pela delegada Sheila Freitas e toda a equipe de investigação que envolveu a Polícia Civil e Militar, como satisfatório. Ele declarou como colega de trabalho da vítima e caicoense que o sentimento é de satisfação. Eu e todos os colegas de rádio de F. Gomes, assim como a população de Caicó estamos satisfeitos com o resultado da investigação. Marcos ressaltou que F. Gomes era considerado um ícone para todos que trabalham na área de jornalismo e era muito admirado e respeitado pela população. "Aqui em Caicó todos os radialistas de alguma forma sempre se espelharam no trabalho de F. Gomes. Ele era um profissional que fazia o que gostava e deixava isso bem claro. Estava sempre em busca de defender os direitos do povo e não há aqui na cidade um profissional de rádio que não tenha sido colega de trabalho dele", acrescentou. Investigação apontou os envolvidos na morte de radialista O delegado-geral da Polícia Civil do Rio Grande do Norte, Fábio Rogério Silva, juntamente com a delegada titular da Divisão Especial de Combate ao Crime Organizado (DEICOR), Sheila Freitas, durante a entrevista concedida na manhã de terça-feira, 8, no Fórum do município de Caicó, revelou detalhes da investigação sobre o caso do jornalista Francisco Gomes de Medeiros, o F. Gomes, assassinado no dia 18 de outubro de 2010, em Caicó. A investigação resultou na prisão dos envolvidos na morte do jornalista, são eles: João Francisco dos Santos, "Dão", (autor do crime); comerciante Lailson Lopes, "Gordo Da Rodoviária" (Mandante); advogado Rivaldo Dantas de Farias, (mandante); Coronel da PM Marcos Antônio de Jesus Moreira, (mandante), Pastor Gilson Neudo Soares do Amaral, (mandante) e policial militar Evandro Medeiros, (cúmplice). Lailson Lopes foi preso junto com Rivaldo Dantas, na ocasião sob acusação de extorsão. A partir disso, a Polícia Civil começou as investigações sobre a ligação dele com o pistoleiro "Dão", ocasião em que foi solicitada a quebra de sigilo telefônico e bancário dos envolvidos. Em depoimento, "Dão" confessou ter sido Lailson o mandante do crime, o que resultou na prisão preventiva do comerciante. A investigação descobriu ainda ligações telefônicas que Lailson recebeu e efetuou, a partir das 18 horas do dia da morte de F. Gomes, com Rivaldo, Dão, Pastor Gilson e PM Evandro. Ligações que aconteceram também na madrugada após o crime. O que comprovou uma intensa comunicação entre os acusados, e sendo uma das provas. MOTIVAÇÃO — Um dos motivos que levou Lailson a mandar matar o radialista, foi uma denúncia feita por F. Gomes de que o comerciante se utilizava de uma loja de celulares em Caicó, como fachada para praticar diversos crimes. Na ocasião, Lailson moveu ação judicial contra rádios e jornais. O trabalho da polícia revelou que Dão foi pago pelo grupo, para matar F. Gomes. Para cometer o crime, o pistoleiro receberia a quantia de R$ 5.000,00, bancados pelo coronel Moreira, mais R$ 3 mil, pagos pelo pastor, para custear a fuga. Segundo a polícia, o pastor Gilson mantinha ligações estreitas com o Gordo e Rivaldo e inclusive teria ficado incomodado com as acusações feitas por F. Gomes. Para levantar a quantia de R$ 3.000,00, o pastor usou o dinheiro do dízimo dos fiéis da igreja Batista Regular da Fé. Já o advogado Rivaldo Dantas é acusado de ser o responsável por toda a logística do crime, fornecendo inclusive a arma para Dão matar o jornalista. Fonte: gazeta do Oeste

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