Rapaz confessa homicídio e que jogou corpo no rio Potengi

No dia 06 de dezembro do ano passado, Ricardo da Costa Melo, de 24 anos, desapareceu. As informações fornecidas pela polícia dão conta ainda de que a família registrou o boletim de ocorrência mas, até ontem, não havia informações sobre o paradeiro do jovem. A primeira pista apareceu com a prisão de Ezequiel Severiano, 20 anos, por agentes da Delegacia Especializada em Capturas (Decap. Ele confessou que matou Ricardo da Costa e jogou o corpo, com pedras amarradas nos pés, dentro do rio Potengi. Ezequiel Severiano foi preso no dia 13 de abril deste ano por porte ilegal de arma. Devido ao histórico e informações que a polícia tinha a respeito do crime de 2011, policiais da Decap interrogaram o suspeito e ele confirmou ontem o homicídio. Ezequiel afirma que não conhecia o rapaz morto e garante que não há envolvimento com drogas no caso. Matou porque soube que Ricardo tinha feito ameaças contra ele. Ricardo da Costa, segundo Ezequiel, foi morto com três tiros na cabeça, no bairro do Bom Pastor, Zona Oeste da cidade, durante a madrugada. O corpo foi levado até a ponte de Igapó. Chegando lá, Ezequiel disse que amarrou as pernas, os braços e o pescoço de Ricardo com pedras utilizadas em meio-fio. Depois, em uma canoa que estava por perto, foi levado e jogado no rio, já perto do Canto do Mangue. De acordo com a mãe da vítima, o filho era usuário de crack desde o 16 anos, mas nunca havia se envolvido com o mundo do crime. "Ele era um menino muito bom, nunca chegou polícia na porta da minha casa para prendê-lo", relatou. Ela não conhece o acusado de matar o filho, disse apenas que havia visto Ezequiel uma única vez enquanto procurava o rapaz. A mãe relatou também que não desconfiava que o filho tivesse sido assassinado, já que ele nunca havia se queixado de ameaças e nunca tinha se envolvido em briga. Para a mãe do jovem, o crime foi cometido por maldade. "Nunca imaginei que isso pudesse ter acontecido isso com meu filho, ele nunca foi um menino violento, acho que foi por pura perversidade", acredita. Buscas no rio A Decap acredita que o caso aconteceu com algumas divergências do que conta Ezequiel. A Polícia segue uma linha de investigação na qual o homicídio foi causado por causa de drogas, por constatar que os dois envolvidos eram usuários, sendo a vítima viciada em crack. Policiais da equipe de busca do corpo acreditam até mesmo no fato de que Ricardo da Costa Melo e Ezequiel Severiano usavam drogas juntos e, por um motivo sem grandes relevâncias, a execução foi feita. Também é trabalhada a hipótese de um terceiro envolvido no caso, que teria ajudado Ezequiel a se desfazer do corpo. O Itep, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros enviaram equipes ao ponto relatado pelo suspeito, que também participou da busca, para tentar resgatar o que restou do corpo de Ricardo da Costa Melo. A busca foi iniciada às 09h30 da manhã com previsão de duração de três horas. De acordo com o Sargento Mendes, responsável do Corpo de Bombeiros pela operação, é improvável que o corpo seja encontrado pois a água costuma acelerar o processo de decomposição, além do movimento das marés nesses oito meses entre a execução e o início da busca pelo corpo. Por volta das 12h30 a Polícia informou que a busca pelo corpo do rapaz foi encerrada e o Corpo de Bombeiros não conseguiu encontrá-lo. Este resultado já era esperado pelas equipes que realizaram a busca devido ao longo tempo que o corpo ficou exposto à maré. Fonte: Tribuna do Norte