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quarta-feira, 20 de junho de 2012

Três suspeitos são presos por clonagem de cartão

Uma simples lavratura de flagrante delito por estelionato levou pelo menos duas horas e meia para ser feito o boletim de ocorrência, entre às 16 e 18h30 de ontem. O sargento da Aeronáutica, José Cláudio Moreno Rocha, prendeu com a ajuda de um policial militar à paisana, o autônomo Heilton Américo de Souza, que estava fazendo compras de eletrodomésticos em lojas de Igapó, na zona Norte de Natal, com um cartão de crédito em seu nome, mas que era o clone do cartão de crédito do militar da Força Aérea Brasileira. José Moreno Rocha informou que chegou às 16 horas na 9ª DP no Alecrim, mas demorou a ser atendido, "porque simplesmente os agentes diziam que não havia flagrante". Aldair DantasPrisões só foram feitas após muita insistência da vítima, um militar da Aeronáutica, que teve dois cartões clonados Moreno explicou que queriam apenas registrar um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), para em seguida liberar o acusado e ainda um casal, que foi preso e apontado por Heilton Américo de Souza como responsável pela confecção dos dois cartões de créditos clonados, um de bandeira Mastercar e outro Hipercard, que ele portava por ocasião da prisão. O sargento da Aeronáutica disse que depois da recusa de lavratura do flagrante delito, foi que pediu para falar com o delegado 9ª DP, que ele declarou "não saber o nome". Segundo Moreno, depois de ter contado o seu caso, o delegado teria comunicado ao sargento da Aeronáutica, "que não sabia o que estava acontecendo". Moreno acrescentou que, depois disso, o delegado o orientou a procurar a Delegacia de Plantão na zona Norte, onde o expediente começava às 18 horas, pois naquele momento, na 9ª DP, não havia escrivão de Polícia para lavrar o flagrante delito do crime de estelionato. O delegado da Plantão, Aldo Lopes, chegou por volta das 18h20 na DP da Zona Norte, situada na avenida João Medeiros Filho, reclamando porque o flagrante não havia sido feito antes - "assim estão prejudicando à Polícia" -, e podia atrapalhar as investigações pela demora entre a prisão de Heilton Américo de Souza e a ida da Polícia até a avenida Cidade Praia, em Nova Natal, na casa do homem e de uma mulher que supostamente repassavam os cartões clonados. Os soldados do 4º Batalhão da Polícia Militar, sediado na zona Norte, também disseram que "é comum" a demora de ocorrência em delegacias distritais, quando ocorre de estar próximo do fim do expediente e começar o horário de trabalho nas Delegacia de Plantão. "A gente termina sendo prejudicado e população também, que deixa de ter uma viatura voltando para prestar o serviço", disse um deles. Uma equipe da Delegacia de Plantão se deslocou, depois das 19 horas, até a casa do casal, onde apreendeu, pra investigação, equipamentos de som e computadores. Golpe Moreno disse que só passou a saber que estava sendo vítima de um golpe depois recebeu um telefonema de uma agência bancária, informando que estavam sendo feitas compras de eletrodomésticos em seu nome: "A primeira compra de R$ 20,00 foi na loja Severo Galetos, talvez para comprovar se o cartão passava". A última compra no valor de R$ 1.143,11 foi para uma geladeira, em uma loja de eletrodomésticos, em Igapó. Mas antes foram feitas compras nos valores de R$ 31,50 e R$ 597,60 em lojas e importados e em um supermercado, também na zona Norte de Natal. Polícia Civil paralisa atividades As delegacias de Polícia Civil no Rio Grande do Norte estarão com as portas fechadas durante toda esta quarta-feira. O Sindicato da categoria (Sinpol/RN) decidiu, após assembleia, por paralisação de advertência para protestar contra o Governo do Estado por suposto descumprimento de diversos termos firmados. A categoria atenderá o efetivo mínimo previsto por lei, de 30%, quando estará em funcionamento as delegacias de plantão da zona Sul e Norte de Natal. O atendimento será restrito para registro de procedimentos de flagrantes delitos. Servidores também estarão presentes no Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp) e em serviços administrativos. Em nota emitida ontem à imprensa, o Sinpol pediu "desculpas à população pelos transtornos causados pela paralisação das atividades". O documento aponta que "este foi o único meio que encontramos para sensibilizar o Governo do Estado a dialogar com os policiais civis". De acordo com o Sindicato, a paralisação ocorre para que se cumpra o que determina a Lei 417/2010 e dê continuidade ao enquadramento dos policiais civis nos níveis de suas respectivas carreiras. Contestou ainda que o movimento protesta por reajuste salarial. Segundo o Sinpol, esse e outros pontos foram firmados em termo de acordo registrado no Tribunal de Justiça em julho do ano passado. Nessa oportunidade, a categoria já estendia a paralisação por 57 dias e cobrava melhorias. O presidente do Sinpol, Djair Oliveira, não descarta que seja deflagrada uma greve por tempo indeterminado. "Amanhã [hoje] vamos discutir os pontos em assembleia. Se os policiais se mobilizarem pela greve por tempo indeterminado, é isso que será decidido", disse Oliveira. Um ponto que reforça a possibilidade de greve diz respeito à avaliação de suspensão dos anuênios da categoria. O Sinpol/RN rechaça o possível corte indevido e prejudicial à sua categoria afirmando que o anuênio é um direito adquirido há cinco anos e que representa 1% de reajuste ao ano para os salários dos policiais civis. O Governo do Estado realiza estudos para reduzir o limite prudencial e um dos pontos em análise é o corte citado. No plano de metas, os auxiliares do Governo refletem sobre os problemas que poderão surgir com a implementação das medidas de contingência de gastos. Fonte: Tribuna do Norte

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