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sábado, 5 de novembro de 2011

Major acusado por receptação de carro roubado alega inocência

Subcomandante do 12° BPM, em Mossoró, a cerca de um mês, o major Divanaldo Marques Duarte foi exonerado da função nessa terça-feira (1) e adido a Diretoria de Pessoal, na sede do Comando Geral da PM. Vários jornais, sites e blogs relembraram a prisão do oficial no início deste ano e o processo que responde, em liberdade, por receptação de carro roubado, julgando equivocada a designação do oficial para aquela função.

Marques alega inocência e afirma que as acusações contra ele são equivocadas. “Não fui preso em flagrante. Estava trabalhando e fui chamado pelo delegado na parte externa. Ele perguntou se o carro era meu e eu confirmei, o explicando que havia trocado em outro que possuía, de valor semelhante”, disse.

O major foi enfático ao afirmar que não sabia da adulteração no carro. “Verifiquei a placa no Detran e não constava nenhuma restrição no sistema. A placa não era ‘fria’, era ‘quente’. Até os peritos tiveram dificuldades em descobrir que o carro era clonado. Só após cerca de 40 minutos foi que perceberam a alteração em quatro dígitos da numeração do chassi, marcado em baixo do banco”.

Ele ainda falou que após a troca dos veículos teve que investir quase dois mil reais em manutenção, pois os pneus estavam “carecas” e o motor apresentava defeitos. E revelou que o vendedor, em depoimento ao delegado, o teria inocentado. “O próprio Geraldo [vendedor do carro] disse que não sabia da clonagem do carro, e que se soubesse não teria me passado. Ele disse que eu era inocente”, desabafou.

Para o oficial é fácil constatar que adquiriu o carro sem saber que era clonado. “No curto período que estive com o carro me envolvi em um acidente de trânsito em Natal, e fiz questão de ligar para o Trânsito, e após a perícia fui responsabilizado pelo acidente. Viajava de Macau para Natal pelo menos duas vezes por semana e passava por barreiras de fiscalização nas rodovias sem nenhuma preocupação. Minha esposa e meus filhos rodavam no carro diariamente. Quem anda em carro roubado não faz o que eu fazia”, disse.

Há 23 anos na corporação, Marques nunca foi punido disciplinarmente ou respondeu a qualquer processo administrativo. E afirma que o trabalho que desenvolveu no comando da Companhia Independente de Macau é motivo de orgulho. “Deixei um legado em Macau e as pessoas reconhecem isso. Quando fui preso, fizeram um abaixo assinado atestando minha boa conduta, até o vice-prefeito assinou. Fui solto no sábado de Carnaval e passei o resto do feriado em Macau. Quando retornei, as pessoas queriam me receber na entrada da cidade. Todos me cumprimentaram e afirmavam acreditar na minha inocência” relembrou.

Após a prisão em fevereiro deste ano, o major foi designado subcomandante do 11° BPM, em Macaíba, mesma função que desempenhava no batalhão de Mossoró e disse que o fato não interferiu no cumprimento de suas atribuições. “Não tive nenhum problema em Macaíba, nem pedi para ser transferido para Mossoró, o comandante geral foi quem me convidou, e eu aceitei”, afirmou.

Ele cobra celeridade da Justiça no julgamento do seu processo e se mostra confiante no resultado. “Desde maio a juíza enviou o processo, com minha defesa, de volta para o Ministério Público e até agora o promotor ainda não se pronunciou. Tenho pressa no julgamento, pois só assim poderei provar minha inocência” pontuou.


Fonte: Nominuto.com

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